Em meados de 2012, a modulação hormonal se popularizou no Brasil, técnica que já vinha fazendo bastante sucesso nos Estados Unidos alguns anos antes. O procedimento se tornou febre principalmente entre jovens que pretendem retardar o processo de envelhecimento com o uso frequente de hormônios esteróides anabolizantes – responsáveis por inúmeras funções no corpo humano e produzidos de maneira natural pelo nosso organismo.

É muito comum que a liberação desses hormônios se tornem menores com a idade. Então, os sinais do envelhecimento começam a chegar: dificuldade de emagrecer, falta de líbido, irritabilidade, rugas, perda de massa muscular, etc. Com o objetivo de atrasar esses sinais, a modulação hormonal passou a ser praticada em pessoas que, na maioria da vezes, estão com níveis hormonais normais.

Para tirar suas dúvidas e entender mais sobre o tema e os riscos para sua saúde, separamos os principais mitos e verdades. Confira!

Existe especialista em modulação hormonal

MITO. A resolução aprovada pelo Conselho Federal de Medicina estabelece que a modulação hormonal com objetivo de retardar o processo de envelhecimento é proibida de ser praticada por qualquer médico. Isso porque a instituição não reconhece a especialidade e deixa imposto que não existe um especialista na aplicação do procedimento.

É possível utilizar o procedimento para retardar o envelhecimento

MITO. A técnica não pode ser utilizada sob nenhuma instância para atrasar, modular, reverter ou prevenir a perda funcional da velhice e nem de doenças crônicas. A modulação é proibida no Brasil e, se utilizada para esses fins, pode levar a sérios riscos de saúde.

O procedimento oferece riscos à saúde

VERDADEIRO. Foi decretado pela CFM que a modulação oferece sérios danos à saúde quando não utilizada sob a circunstância de deficiências comprovadas. Ela pode contribuir com inúmeras patologias, desde as mais simples às mais complicadas – diabetes até câncer, por exemplo.

A modulação pode ser feita em terapias hormonais

VERDADEIRO. Mas com ressalvas. A terapia hormonal só poderá ser efetuada em reposição de deficiências de hormônios diagnosticadas e de outros componentes necessários. Vale lembrar que somente em caso de uma deficiência específica comprovada do paciente e de benefícios cientificamente verídicos, será autorizado realizar a reposição hormonal.

A modulação aumenta a probabilidade de doenças graves

VERDADEIRO. O procedimento pode ajudar no surgimento de doenças como o câncer, infarto, derrame e muitos outros efeitos colaterais que, muitas vezes, podem ser fatais.

“Injetar qualquer hormônio com o intuito de retardar o envelhecimento de uma pessoa em perfeitas condições, ou seja, sem deficiência diagnosticada, é sujeitá-la à ameaça de doenças sérias – o câncer, por exemplo.”
Doutor Thiago Seiji, Urologista na Urobrasil

Anti-aging e modulação hormonal é a mesma coisa

VERDADEIRO. Anti-aging é o termo em inglês para terapia hormonal antienvelhecimento, o mesmo nome e objetivo da modulação hormonal quando não submetida ao respaldo de deficiências comprovadas.

A aplicação de hormônios é uma técnica nova

MITO. Aplicar hormônios é uma técnica utilizada há muito tempo. Em casos de falta desses componentes no organismo, como a diabetes, é aplicado a insulina que é um elemento hormonal.

Médicos que utilizam o procedimento a fim de prevenir o envelhecimento estão sujeitos a penalidades

VERDADEIRO. Além de ser proibida a prática da modulação hormonal para fins de retardar o envelhecimento, qualquer médico que utilize o procedimento está sujeito a ser punido até mesmo com processos e perda do registro profissional. Além disso, também não é permitido promover e prometer resultados aos pacientes e anunciar o método sem comprovação científica. Aqui, vai uma dica: fique alerta para essa postura, caso o seu médico indique esse tratamento!

É possível aumentar a longevidade sem fazer uso da modulação hormonal

VERDADEIRO. Prolongar sua longevidade não precisa de tratamentos como o da modulação hormonal, por exemplo. Essa é uma ação que parte de uma mudança de hábito: exercícios físicos, alimentação saudável, evitar vícios, usar protetor solar e, claro, manter uma rotina preventiva com seus médicos, são só algumas das práticas que podem te ajudar a ter mais qualidade de vida, seja qual for a sua idade.

Esperamos que o artigo tenha te ajudado a esclarecer todas as dúvidas sobre o tema! Aproveite para compartilhar em suas redes e deixe seus amigos e familiares bem informados.

Fonte: Conselho Federal de Medicina