Mito ou verdade: HPV pode causar câncer?

Conhecido como a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo, o HPV é a abreviação em inglês para papilomavírus humano, nome genérico de um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes. E sim, é verdade: essa doença pode causar câncer anal, de colo de útero, vaginal, vulvar e peniano. 

 

É importante ressaltar que nem todo subtipo de HPV resulta em câncer, uma vez que existem mais de 100 tipos do vírus. Cerca de 40 deles afetam a região genital e, entre esses, pelo menos 13 eventualmente desencadeiam câncer de colo do útero, vagina, ânus, vulva e pênis. Em caso de sexo oral, eles aumentam também o risco de tumores na orofaringe e na boca. 


Estima-se que 25% a 50% das mulheres e 50% dos homens no mundo já tenham contraído algum tipo de HPV. Então, é preciso ficar atento aos sintomas e se prevenir sempre.

 

Como ocorre a transmissão?

 

O HPV é transmitido, na grande maioria das vezes, durante o sexo sem proteção, seja ele vaginal, anal ou oral. Mas a transmissão também pode ocorrer pelo contato com objetos, toalhas e roupas infectados com secreção de vírus vivo em contato com a pele que, porventura, possa ter algum machucado ou ferimento.

 

Além disso, o HPV pode ser transmitido de mãe para filho, no momento do parto natural.

 

Quais são os sintomas do HPV?


Para a maior parte das pessoas, o HPV não apresenta sintomas, e muitas delas podem possuir o vírus durante anos, sem que qualquer sinal seja notado. Porém, basta uma queda da imunidade para que a doença se manifeste, fazendo com que o paciente apresente verrugas (que podem ser clínicas ou subclínicas) na região genital, no ânus ou na boca, por exemplo.

 

Como é feito o diagnóstico?


O diagnóstico de HPV é clínico, podendo ser analisado visualmente pelo médico responsável. Na mulher, são também realizados exames laboratoriais como Papanicolau, colposcopia e, se necessário, biópsia. No homem, são realizados exames urológicos.

 

Como é o tratamento contra HPV?

 

O HPV costuma curar-se espontaneamente na maioria dos casos. Após 1 ou 2 anos, o sistema imunológico é capaz de destruir o vírus e eliminá-lo por completo do nosso organismo


Quando há a ocorrência de verrugas e lesões, estes sintomas podem ser curados através de tratamento médico. Porém, é importante lembrar que curar as lesões do HPV não significa eliminar o HPV do organismo.

 

Para pessoas cujo sistema imunológico não consegue se livrar do HPV, não há cura. O que se pode fazer é tratar individualmente cada verruga que surge com o auxílio de medicamentos que ajudam a acelerar o processo de eliminação da lesão.

 

Qual é a relação entre HPV e câncer?

 

A infecção pelo HPV costuma regredir espontaneamente a partir da ação de defesas naturais do corpo. Porém, quando esse cenário não ocorre e a infecção é causada, especificamente, por um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer), pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas podem progredir para o câncer.

 

Como é a vacina do HPV?

 

A prevenção é a melhor maneira de se proteger. Por isso é muito importante se vacinar contra o HPV. A recomendação é que a vacinação para meninas ocorra na faixa entre 9 e 14 anos de idade, e para meninos, entre os 11 e 14 anos de idade. Ou seja, antes do início da vida sexual.

 

Atenção: existem dois tipos de vacina contra o HPV no Brasil, a bivalente e a quadrivalente. Consulte seu médico para entender qual é a mais adequada para seu estilo de vida.

 

É importante lembrar que a vacina do HPV só funciona para a prevenção. Caso o indivíduo já esteja infectado, ela não fará efeito. A vacina é fornecida pelo SUS.

 

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