Urologista responde: 10 principais dúvidas sobre o uso de camisinha

Mesmo sendo o método mais eficaz contra as DSTs, a camisinha ainda traz muitas dúvidas, por isso, conversamos com o Dr. Julio Geminiani, urologista da Urobrasil para tirar as principais dúvidas sobre o tema.  Vamos lá! 

1. Como escolher o tamanho ideal da camisinha?  

A medida usada para determinar o tamanho da camisinha é o diâmetro. O mais encontrado pelo consumidor é de 52 mm. Porém, ainda existem outras duas opções de diâmetro de preservativo – 55 mm (extra) e de 49 mm (‘teen’). No caso do comprimento, as camisinhas variam de 16 a 19 centímetros. É extremamente importante o uso do tamanho correto do preservativo pois camisinhas maiores que o pênis comprometem a proteção.

2. Qual é a forma correta de colocar a camisinha?  

A primeira coisa que as pessoas devem ter em mente é que a camisinha só deve ser aberta na hora de usa-la. Com o pênis ereto e livre de lubrificantes, cremes ou pomadas, depois disso, a pessoa deve segurar o preservativo pela ponta, deixando um espaço isento de ar na ponta. Nesse espaço que “sobrou” o sêmen será contido, diminuindo a chance de rompimento. Após o ato, a camisinha deve ser enrolada, da extremidade para a base do pênis com cuidado.  

3. E a camisinha feminina? Como devo colocar?

A vantagem do preservativo feminino é que ele pode ser colocado até 8 horas antes da relação sexual. Após verificar a data de validade, a mulher pode abrir a camisinha. Segurando com os dedos de uma das mãos, o anel que fica dentro da camisinha feminina deve ficar em forma de “8”. Em uma posição confortável, a mulher deve introduzir o anel na vagina. É importante lembrar que o preservativo deve cobrir a entrada da vagina e a vulva (parte externa do genital da mulher).

4. Afinal, existe risco de gravidez mesmo com o uso da camisinha?

Sim, mas apenas nos casos em que o preservativo não é utilizado da maneira adequada. Caso contrário, os riscos de gestação são praticamente nulos. 

5. A camisinha protege contra todas as DSTs?

Não. Afinal, ela não cobre a base do pênis e nem a área externa na vagina, sendo assim, qualquer ferida ou verruga causada por DST nessas partes pode ser transmitida pelo contato. 

6. Então, para me proteger mais, eu devo usar mais de uma camisinha? 

Não, o atrito entre as duas camisinhas pode acabar causando o rompimento do látex. Além disso, usar mais de um preservativo acaba diminuindo a sensibilidade masculina e consequentemente fazendo com que ele não note o rompimento do material. 

7. Durante o sexo anal é necessário o uso do preservativo? 

Sim, afinal ele evita infecções e contaminações na área. É importante lembrar que as doenças sexualmente transmissíveis também podem ser transmitidas através do sexo anal. Por isso, o uso da camisinha é necessário. 

8. E quem é alérgico ao látex? 

No mercado é possível encontrar camisinhas masculinas feitas de silicone. Os preservativos femininos também são uma opção, pois são feitos de poliuretano ou borracha nitrílica, que são materiais com pouco potencial alergênico.

9. A camisinha furou e agora?

O indicado é interromper o sexo e colocar um novo preservativo. Para os casais que não buscam uma gravidez, também é indicada a ingestão da pílula do dia seguinte. Caso ocorra com uma pessoa desconhecida, procure a orientação de um médico o mais breve possível para evitar ou realizar o diagnóstico precoce de uma DST. Também é recomendado realizar profilaxia pós exposição contra o HIV, disponível em postos de saúde.

10. Camisinha tem prazo de validade?

Sim. A validade dura em média de dois a cinco anos a partir da data de fabricação. Por isso, verificar a data de validade do produto é extremamente importante. É importante lembrar que o preservativo deve ficar longe de calor excessivo e umidade, além de evitar amassá-la, dobrá-la ou mantê-la por muitos dias dentro da carteira, da bolsa, porta-luvas ou porta-malas do carro.

Na dúvida, consulte um médico.
Na Urobrasil, atendemos online ou presencial.

 

Dr. Alex Elton Meller

Formado em Medicina pela UNIFESP, com residência em Urologia pela mesma instituição, o Dr Alex Meller atua como diretor clínico da Urobrasil desde de 2010, e tem diversas contribuições significativas na área de urologia, sendo algumas delas como:

Médico assistente da Disciplina de Urologia da UNIFESP – Escola Paulista de Medicina
Vice-chefe do setor de Endourologia e Litíase Renal da Disciplina de Urologia – UNIFESP/EPM
Delegado representante do Brasil na Sociedade Mundial de Endourologia (Endourological Society) entre os anos de 2018 a 2021
Coordenador do setor de Endourologia e Litíase Renal da Sociedade Brasileira de Urologia na Gestão 2016/2017
Autor de artigos científicos, capítulos de livros e palestras em Endourologia e Cálculo Renal
Membro do corpo clínico dos mais renomados hospitais de São Paulo

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