Apresentar uma curvatura no pênis é algo comum, com uma prevalência de 3 a 20% e em pacientes diabéticos pode ser mais alta. Além disso, muitas vezes está relacionada a problemas sexuais e psicológicos. “A presença de disfunção erétil em pacientes com alteração da curvatura peniana pode chegar a quase 60%”, afirma o Dr. Matheus Brandão, da Urobrasil, que separou uma lista de mitos e verdades sobre as curvaturas do pênis.
A curvatura do pênis deve ter 20° ou menos
Verdade – os pacientes que apresentam curvatura peniana e que são candidatos a correção cirúrgica tem como objetivo final o pênis “ funcionalmente reto” e para alguns especialistas a deformidade residual é de 20° ou menos.
A curvatura sempre é congênita (desde o nascimento)
Mito – A curvatura pode aparecer no decorrer da vida, sendo chamada de curvatura adquirida do pênis. Uma bem conhecida é a Doença de Peyronie. “A membrana que reveste o tecido peniano responsável pela ereção está alterada, formando placas de tecido fibrótico no pênis”, explica Brandão. Esta curvatura é mais comum em homens acima de 50 anos e pode ser operada.
Dificuldade na penetração e disfunção erétil
Verdade – É muito comum sentir dor durante a ereção associada a deformidade peniana. “A presença de disfunção erétil é mais comum que na população geral, com uma prevalência de 37 a 58%”, afirma. A dificuldade de ter relação sexual associada ao encurtamento peniano, que pode ocorrer devido a doença, são fatores de risco para problemas emocionais e no relacionamento.
5% dos brasileiros são atingidos
Mito – De acordo com a Diretriz da Sociedade Brasileira de Urologia cerca de 1% dos homens acima de 40 anos apresentam Doença de Peyronie. “Nenhum tratamento por vi oral resultou em melhora clinicamente significante na curvatura, sendo a correção cirúrgica o tratamento mais recomendado.”, afirma Brandão. Para isso, busque informações com o Urologista.
Curvatura congênita pode acabar com a vida sexual de um jovem
Mito – Muitos jovens notam a curvatura antes da puberdade, mas acham que é normal. “Na puberdade eles descobrem que a curvatura não é normal e na mente deles isso atrapalharia a atividade sexual, tanto que alguns esperam até os 30 anos para tratar, poucos adolescentes discutem isso com a família”, frisa Brandão. O que determina o quanto a vida sexual é afetada tem muito a ver com o impacto da curvatura durante a relação e o quanto ela atrapalha a penetração, não necessariamente a presença ou ausência. “Por isso, a primeira consulta no urologista na puberdade é importante, assim o jovem tira suas dúvidas e evita problemas futuros”, ressalta.
- CRM 87328
- RQE 46787
Formado em Medicina pela UNIFESP, com residência em Urologia pela mesma instituição, o Dr Alex Meller atua como diretor clínico da Urobrasil desde de 2010, e tem diversas contribuições significativas na área de urologia, sendo algumas delas como:
Médico assistente da Disciplina de Urologia da UNIFESP – Escola Paulista de Medicina
Vice-chefe do setor de Endourologia e Litíase Renal da Disciplina de Urologia – UNIFESP/EPM
Delegado representante do Brasil na Sociedade Mundial de Endourologia (Endourological Society) entre os anos de 2018 a 2021
Coordenador do setor de Endourologia e Litíase Renal da Sociedade Brasileira de Urologia na Gestão 2016/2017
Autor de artigos científicos, capítulos de livros e palestras em Endourologia e Cálculo Renal
Membro do corpo clínico dos mais renomados hospitais de São Paulo