O priapismo é uma ereção dolorosa, involuntária e persistente. Pode ocorrer espontaneamente ou devido ao uso de certos medicamentos, fármacos para disfunção erétil ou distúrbios do sangue, como coágulos, anemia falciforme ou leucemia, por exemplo.
Em decorrência de não passar a ereção, podem surgir lesões no pênis, devido ao excesso de sangue e, por isso, o tratamento deve ser feito o mais rápido possível no hospital.
Geralmente, o homem consegue recuperar totalmente sem ficar com qualquer tipo de sequela, no entanto, é importante ir ao pronto-socorro o mais rápido possível para evitar o surgimento de lesões.
Os sintomas incluem ereção que dura mais de duas horas ou que é recorrente ao longo de várias horas, dor intensa e retenção urinária. Normalmente, o pênis fica dolorido ou sensível.
Existem três tipos principais de priapismo:
- Isquêmico: Requer uma intervenção médica rápida. Nesse tipo, ocorre uma falha que diminui a tumescência devido à alteração do relaxamento e à paralisia da musculatura lisa do corpo cavernoso.
- Não isquêmico: Esse tipo é menos frequente, e ocorre, principalmente, por causa de traumas penianos, perineais ou por estimulação parassimpática ou malformações congênitas da artéria cavernosa.
- Isquêmico recorrente: Frequente em pacientes com anemia falciforme, mas geralmente é de duração limitada. Está relacionado à diminuição da biodisponibilidade do óxido nítrico, à diminuição da expressão da PDE5 e à expressão de cGMP não regulada.
Ereções acima de 4 horas, precisam de um atendimento de urgência, para que o diagnóstico e tratamento sejam feitos da forma correta e o quadro seja revertido.
Por que acontece?
A ereção é um processo natural que acontece quando existe um estímulo físico ou psicológico, devido ao aumento da circulação do sangue para o pênis, levando a aumento do tamanho. Normalmente, a ereção desaparece alguns minutos após o prazer sexual ou depois de terminar o estímulo, porque as veias relaxam e o sangue sai do pênis, permitindo que diminua de tamanho.
Porém, algumas doenças, como anemia falciforme, leucemia ou outras alterações do sangue, podem alterar a circulação na região íntima, impedindo que a ereção desapareça.
Além disso, o uso de drogas, pancadas na região íntima e o consumo de alguns remédios, como estimulantes sexuais, antidepressivos ou anticoagulantes, também podem levar a este problema.
Como é feito o tratamento?
Os tratamentos mais utilizados para o priapismo incluem:
- Uso de compressas geladas: permite aliviar o inchaço do órgão e a diminuir a quantidade de sangue;
- Remoção de sangue: é feito, com anestesia local, por um médico que utiliza uma agulha para remover o excesso de sangue no pênis, aliviando a dor e o inchaço;
- Injeção de remédios alfa-agonistas: tornam as veias mais estreitas, diminuindo a quantidade de sangue que chega até ao pênis.
- Nos casos mais graves, em que não é possível resolver o problema com estas técnicas, o médico pode ainda aconselhar uma cirurgia.
Geralmente, o homem consegue recuperar totalmente sem ficar com qualquer tipo de sequela, no entanto, é importante ir ao pronto-socorro o mais rápido possível para evitar o surgimento de lesões.
Possíveis complicações
O sangue que fica preso no interior do pênis tem menor quantidade de oxigênio e, dessa forma, vão surgindo pequenas lesões devido à falta de oxigênio. Quando a ereção dura muito tempo, as lesões vão se agravando, podendo levar ao surgimento de disfunção erétil.
Em caso de dúvidas, agende uma consulta com o urologista.
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