A psicoterapia, popularmente conhecida como “terapia”, é uma área da saúde voltada para a promoção do bem-estar mental – e para a resolução de desafios psicológicos – através do diálogo. Apesar de ser amplamente utilizada como um recurso para lidar com situações pontuais de estresse, tristeza, luto e conflitos, cada vez mais, a especialidade vem ganhando um espaço importante no processo de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Mais incentivadas a “se abrirem” desde cedo, as mulheres são quem têm experimentado mais de perto a terapia e seus benefícios. Por isso, neste artigo, queremos falar especialmente com os homens e listamos 5 razões pelas quais a prática pode ser muito positiva para a saúde deles. Vamos lá?
1. A oportunidade de ter uma conversa aberta, sem julgamentos, sobre qualquer tema
Desde pequenos cobrados para que sejam fortes, focados e destemidos, muitos meninos e homens sentem que não encontram espaço para falar sobre algumas coisas em seu dia-a-dia. O receio de não ser compreendido ou ser visto como vulnerável ainda é um grande empecilho para que busquem explorar suas questões. Além do apoio profissional, por si só, trazer mais qualidade para estas conversas, o fato de estar lidando com alguém que tem distanciamento da sua vida, que está isento de julgamentos e preparado para lidar com qualquer tema é um dos motores que podem levar os homens a atingirem estágios de comunicação muito melhores com a prática da terapia.
2. Conquiste relacionamentos mais saudáveis com a terapia
Há um estigma de que “o masculino” é muito estruturado em suas emoções. Isso porque, comumente, os homens pouco falam sobre elas – e, às vezes, pouco as exploram também. “Porém, isso gera infelicidade, pois um sentimento não foi feito para ser escondido. É através do sentir que eu me curo e amadureço” explica Dayane Fagundes, uma das colaboradoras do aplicativo Fala Freud, que oferece a privacidade e o conforto de se conectar com um terapeuta online. Além de poder reduzir os níveis de estresse, agressividade ou apatia, produzindo assim ambientes mais saudáveis, segundo a profissional, ao buscar construir a consciência de como a pessoa está lidando consigo mesma, a terapia também melhora os relacionamentos: “O ato de se olhar por dentro e se melhorar transforma o próprio eu e isso cria a nossa volta situações mais harmônicas”, completa.
3. Abertura de novas possibilidades
Independente da motivação na procura pela terapia, muitas áreas podem ser beneficiadas – e já existem muitos homens que estão revolucionando as suas vidas com as descobertas vividas neste processo, que, ao estimular a identidade individual, pode trazer à tona diversas novas conexões da pessoa com o mundo. “Sempre houve uma solidão do homem na forma como lida com as próprias emoções e na elaboração da sua própria história. Em qualquer idade, faz muito bem a eles que passem a conversar sobre o que vivem e o que sentem, algo que não lhes foi ensinado a fazer”, conta Alexandre Coimbra Amaral, psicólogo que está a frente do “Grupo Terapêutico de Homens”, criado em São Paulo para a exploração masculina de sentimentos.
4. Terapia como recurso para uma paternidade mais presente e apoio nesta transição
Hoje, alguns temas começam a ser trazidos pelos homens para as reuniões ou consultórios. “A gente tem debatido coisas de todo o tipo do universo masculino. Relações com a família de origem, o desemprego, o desarranjo conjugal, questões da própria sexualidade e, claro, a paternidade” conta o psicólogo Alexandre Coimbra do Amaral. Segundo ele, nessa esfera reservada em que vive o masculino, frequentemente, os homens sentem que não conseguiram “acessar” o seu pai – e quando os filhos nascem, eles desejam muito fazer diferente e buscam ajuda na terapia para a construção de uma paternidade que não seja apenas provedora, mas vinculada e capaz de se conectar genuinamente com a criança. Para os que escolhem abraçar o desafio verdadeiramente, viver esta mudança no estilo de vida sem perder a sua individualidade é outro desafio que pode ser acompanhado na terapia.
5. A libido e a importância da terapia
Desejo é um estado psicológico, subjetivo, uma atividade cognitiva das relações. Por isso, o acompanhamento terapêutico também pode ser muito importante na busca por uma vida sexual mais saudável. “Antes, há 15, 20 anos atrás, quando havia a perda ou diminuição da libido, os homens consideravam que a questão era sempre física e a dificuldade erétil era o problema, sem olhar o desejo sexual que antecipa a função de excitação e todo o processo seguinte. Atualmente, muitos homens têm conhecido melhor as suas motivações e já separam o desejo da excitação”, conta o psicólogo Oswaldo Martins Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade.
Por fim, como completa a sexóloga Valéria Walfrido, a terapia pode ser um espaço para tratar outras questões que não são diretamente conectadas, porém, que também influenciam este campo. “O estresse, por exemplo, interfere – e muito – na nossa vida sexual” lembra a profissional.
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