Bexiga hiperativa: mitos e verdades

Dificuldade para reter a urina e ir ao banheiro mais de sete vezes em 24 horas. Essas são as principais características da bexiga hiperativa. O problema atinge homens e mulheres, crianças, adultos e idosos. Conversamos com o Dr. Julio Geminiani, urologista da Urobrasil, para falar sobre as principais dúvidas em relação à doença e desvendar os mitos que envolvem o tema. 

“Bexiga hiperativa é a mesma coisa que incontinência urinária.”

Mito – A bexiga hiperativa tem características específicas como aumento da frequência das micções, urgência em urinar e noctúria (vontade de urinar durante a noite). Já a incontinência urinária é definida pela perda involuntária de urina. É importante lembrar que mesmo sendo doenças diferentes, elas podem se manifestar ao mesmo tempo ou não, uma pessoa pode ter incontinência urinária e não ter bexiga hiperativa ou, ainda, uma pessoa pode ter bexiga hiperativa, mas não ter incontinência urinária.

“A bexiga hiperativa é uma das doenças que mais afeta a qualidade de vida.”

Verdade – A doença leva o paciente a diversas restrições como o medo de sair de casa e não encontrar banheiro, comprometimento da função sexual e depressão. Além disso, quando a doença não é tratada adequadamente ainda pode gerar infecções no trato urinário, e nos casos mais graves, perda da função renal.

“A bexiga hiperativa é um problema apenas neurológico.”

Mito – A bexiga hiperativa pode ter diferentes causas. Por isso, é classificada em dois tipos:

  •  Bexiga hiperativa idiopática: é diagnosticada quando não se sabe a causa. 
  • Bexiga hiperativa neurogênica: quando a origem está relacionada a diversos problemas neurológicos, como esclerose múltipla, acidentes vasculares cerebrais (AVC), traumatismos, mal de Parkinson, entre outros.

Isso acontece porque o funcionamento da bexiga é coordenado em diferentes níveis pelo sistema nervoso central.  

“O tratamento da doença só pode ser feito com o ato cirúrgico.”

Mito – Atualmente, existem diversos tratamentos eficazes como terapia comportamental, medicamentos orais e, inclusive, o uso da toxina botulínica. Apesar de a cirurgia ser preocupada pela maioria dos pacientes, o procedimento é a última opção que o médico busca.

“Somente mulheres que tiveram parto vaginal estão sujeitas à bexiga hiperativa.”

Mito – Mesmo a mulher que nunca ficou grávida pode ser diagnosticada com o problema, mas sabe-se que a cesárea leva a um menor risco de incontinência se comparado ao parto vaginal.

“Eliminar cafeína da alimentação ajuda a prevenir a doença.”

Verdade – Apesar de não existirem evidências que comprovem as medidas preventivas, os hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada e a redução do consumo de bebidas alcoólicas e a ingestão de cafeína, sucos cítricos, chás e chocolates são medidas benéficas que podem reduzir o impacto da bexiga hiperativa.

Conte conosco para ajudar você!

O que achou desse conteúdo sobre bexiga hiperativa? Ainda com dúvidas? Não hesite em procurar um urologista para esclarecer suas dúvidas e cuidar da saúde do seu aparelho urinário. Conte sempre com a Urobrasil.

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