Combate a AIDS: Prevenção é Palavra-Chave para Diminuir os Índices da Doença

A AIDS se tornou uma pandemia mundial. Na década de 80, o vírus responsável pela infecção, o HIV (human immunodeficiency vírus), se disseminou e afetou principalmente homens homossexuais – tanto que até hoje a doença carrega um estigma e é tratada de forma equivocada por uma grande parcela da população como algo restrito a essas pessoas. No início, pouco se sabia sobre as formas de transmissão e como lidar com os pacientes infectados, e logo a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) atingiu homens e mulheres heterossexuais, alcançando índices alarmantes no mundo todo.

Como forma de conscientizar a todos sobre as formas de contaminação e como se prevenir, foi criado o Dia Internacional de combate a AIDS, instituído no dia 01 de dezembro. Por isso, estamos aqui no blog aproveitando a data para compartilhar com vocês as informações que podem fazer a diferença para você viver saudável, longe do HIV. Continue a leitura para saber mais!

Por que a AIDS é tão perigosa?

O risco potencialmente fatal da AIDS é porque o vírus afeta justamente o sistema imunológico de quem foi infectado. Em linhas gerais, o HIV ataca os linfócitos – as células de defesa do nosso organismo – e se multiplicam para atingir outros linfócitos saudáveis.

Ou seja, quando a AIDS se manifesta, significa que o vírus está com um grau de contaminação avançado, deixando o indivíduo desprotegido para combater outras doenças, o que pode levar ao óbito nos casos mais graves.

A transmissão é só pelo sexo?

A principal forma de contaminação é por meio de relações sexuais sem o uso de preservativo, seja via vaginal, oral ou anal. Portanto, se proteger durante o sexo é fundamental, evitando também a transmissão de outras doenças como sífilis, HPV e gonorreia.

Porém, existem outras formas de contrair o vírus que precisam ser alertadas. É o caso de transfusões, compartilhamento de seringas, alicates (por exemplo, de uso comum em salões de manicure) ou outros objetos não esterilizados cortantes, além da transmissão de mãe para filho durante a gestação, parto e amamentação.

Posso ter o vírus e não desenvolver a AIDS?

Sim, é possível que uma pessoa esteja contaminada, mas passe a vida toda sem ter seu sistema imunológico prejudicado, o que leva ao diagnóstico para AIDS. Para identificar que houve transmissão, é necessário aguardar o período que chamamos de janela imunológica: isso quer dizer que para que o corpo reaja ao HIV criando anticorpos leva 30 dias, ou seja, depois desse período é que pode ser constatado a presença do vírus por meio de um exame de sangue.

Se o resultado for negativo e ainda houver suspeita, é preciso esperar mais 30 dias para obter um resultado mais assertivo. E claro, não dispense jamais o uso do preservativo!

A doença tem sintomas? Quais são?

No geral, tanto na fase mais branda quanto na mais aguda, a AIDS se manifesta com sintomas característicos de um quadro infeccioso: febre, gânglios, dores de cabeça e musculares, diarreia e sensação de fadiga. Caso você note esse conjunto de sinais associado à perda de peso intensa (mais que 10%), visite um médico experiente para que ele solicite os exames e faça todo o acompanhamento.

Se confirmado como portador de HIV, como é feito o tratamento?

Como contamos no início do artigo, levou algum tempo até a medicina encontrar medicamentos que fossem eficazes contra a AIDS. É importante lembrar que a doença não tem cura, mas com o tratamento adequado, a carga viral no organismo é reduzida e o paciente consegue ter uma melhor qualidade de vida.

No Brasil, existem 22 medicamentos antirretrovirais em 38 combinações que são disponibilizados gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A principal função é impedir que o vírus se espalhe para outras células e comprometa o sistema imunológico, dificultando o desenvolvimento de doenças associadas a AIDS que podem agravar o quadro.

Em 2017, o SUS também começou a oferecer a terapia PrEP (profilaxia pré-exposição), o que é uma evolução no combate à doença. Com um comprimido por dia, é possível inibir que o vírus ataque os linfócitos, caso seja contraído. Porém, vale destacar que este medicamento provoca efeitos colaterais e é direcionado aos grupos de maior risco como casais em que apenas um indivíduo é soropositivo, pessoas transexuais, profissionais do sexo e homens que se relacionam com homens.

E como a alimentação ajuda no tratamento?

Alimentar-se de forma saudável é fundamental para qualquer pessoa, mas para quem é diagnosticado com AIDS, recomenda-se uma atenção ainda maior. O foco é prover ao organismo nutrientes que fortaleçam o sistema de defesa e que sejam anti-inflamatórios.

No cardápio, além da variedade de frutas, verduras e legumes, devem entrar alimentos ricos em ômega-3 como atum, sardinha e chia, e fontes de vitamina C, como acerola e laranja.

Como vimos, ainda não existe uma vacina contra o HIV, portanto, não há outra forma de se prevenir do que sempre usar preservativo nas relações sexuais e evitar o compartilhamento de materiais cortantes. A AIDS é uma doença séria e deve ser combatida com atitudes conscientes.

O artigo te ajudou a esclarecer suas dúvidas? Então, compartilhe com seus amigos e familiares para que a informação seja uma grande aliada em prol da vida!

Saiba mais em: www.aids.gov.br

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