O dia 11/10 traz uma campanha mundial que possui o objetivo de alertar sobre os diferentes riscos que a doença apresenta e conscientizar a população sobre a importância do cuidado com o corpo para a prevenção. Este é um dos maiores problemas de saúde pública atualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A obesidade e o sobrepeso podem desencadear ou agravar muitas doenças, como apneia, infertilidade, problemas de coagulação, além de outras mais graves, que podem levar à morte. Confira neste artigo as principais doenças que estão associadas à obesidade.
Essa patologia se caracteriza pelo excesso de gordura no corpo. O acúmulo de gordura ocorre quando há maior ingestão de calorias que gasto energético ao longo dos anos. É uma doença que atinge 600 milhões de pessoas no mundo e 30 milhões no Brasil, segundo dados do último levantamento realizado pelo IBGE. Se contar a população com sobrepeso, os números sobem para quase 2 bilhões de pessoas no mundo e quase 100 milhões no País. Por isso, é urgente tomar medidas de prevenção e buscar tratamentos que apresentem resultados eficientes quando os pacientes não respondem mais a dietas e medicamentos.
A conscientização é fundamental para invalidar os estigmas e estereótipos preconceituosos relacionados à obesidade, assim como para estimular pessoas obesas a buscarem maneiras de tratamento da doença. Dessa forma, é possível prevenir inúmeras comorbidades, como:
Hipertensão arterial
É a principal causa de morte no mundo, com 17,3 milhões/ano. O Brasil é o sexto país com maior número de mortes por hipertensão no mundo. A doença atinge, segundo a OMS, 30% dos brasileiros.
Diabetes
É considerada uma epidemia mundial, que atinge mais de 246 milhões de pessoas adultas. No Brasil, mais de 10 milhões de pessoas sofrem com essa doença.
Problemas articulares
A estrutura óssea sofre com a sobrecarga do peso, por isso, pessoas obesas são mais propensas a apresentarem dores crônicas, hérnia de disco e desgastes nas articulações, principalmente dos membros inferiores.
Câncer
Há fortes indícios na bibliografia especializada da relação entre obesidade e o aumento do risco de tumores malignos de mama, endométrio, vesícula, próstata e intestino grosso.
Esteatose hepática e cirrose hepática
De acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), 80% dos pacientes com sobrepeso apresentam alguma doença no fígado.
Principais causas da obesidade
A obesidade surge, na maioria dos casos, da interação entre fatores genéticos, ambientais, emocionais e hábitos de vida. Entre os fatores mais comuns, estão:
- Alta ingestão de alimentos/calorias: Resumidamente, caloria é o valor energético de cada alimento, ou seja, o tanto de energia que determinado alimento fornece o organismo. Grosso modo, quanto mais calórico for o alimento, mais esforço o organismo precisa fazer para “gastá-lo”, ou seja, a ingestão de calorias deve ser proporcional ao gasto calórico. A energia não utilizada pelo corpo se acumula em forma de reserva de gordura.
- Sedentarismo: A falta de atividades físicas é uma das principais causas da obesidade e outras doenças graves, como diabetes e hipertensão. A prática regular de exercícios físicos é fundamental para quem necessita manter ou perder peso e deve ser acompanhada por um profissional qualificado.
- Fator genético: A relação entre fatores genéticos e obesidade é bastante forte. Pesquisas mostram que quando um dos pais é obeso, a possibilidade dos filhos serem obesos é de 50%; quando ambos os pais apresentam obesidade ou sobrepeso, esse número pode subir para 80%.
- Problemas hormonais: São muitos os hormônios que controlam, desde a vontade de comer e a sensação de saciedade, até outras funções mais complexas do metabolismo. Quaisquer alterações nas glândulas suprarrenais e tireoide, além do hipotálamo, devem ser investigadas e tratadas.
Como prevenir:
Conhecer os fatores que desencadeiam e estar atento aos primeiros sinais de distúrbios alimentares é importante para prevenir a obesidade. É fundamental cuidar de pessoas próximas e buscar ajuda especializada, já que quem sofre de distúrbios alimentares costuma negar ou esconder o problema.
Criar hábitos alimentares saudáveis e praticar exercícios físicos regularmente, educar e estimular as crianças para que optem por alimentos saudáveis, menos processados e pobres em gorduras e açúcares é uma forma de evitar o sobrepeso e a obesidade.
Como tratar:
Em um primeiro momento, recomenda-se tratamento clínico, com uma equipe multiprofissional. É muito importante que a atuação seja conjunta e integrada por médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores esportivos.
O tratamento da obesidade pode ser feito com dieta para emagrecer e com a prática regular de exercícios físicos, ou até mesmo com uso de remédios indicados pelo médico para ajudar a reduzir o apetite e a compulsão alimentar, ou, em alguns casos, a cirurgia bariátrica, pois diminui a área de absorção dos alimentos pelo trato gastrointestinal, o que leva à perda de peso.
O principal objetivo desses tratamentos é atingir e manter o peso saudável, evitando o desenvolvimento de complicações relacionadas à obesidade.
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