Câncer de Rim

O que é o câncer do rim?

O câncer do rim é o crescimento de células malignas (um tumor) nos rins. O seu nome médico é carcinoma de células renais. Um tumor no rim também pode ser benigno.

Câncer do rim é um termo geral. Existem muitos tipos de tumores no rim e várias fases da doença. O seu tratamento e experiência irão depender das características específicas do seu tumor e dos conhecimentos da equipa médica.

As secções desta publicação fornecem informações gerais sobre o câncer do rim, diagnóstico e opções de tratamento. Discuta a sua situação individual com o seu médico.

O câncer do rim representa cerca de 2% de todos os diagnósticos de câncer em todo o mundo. Nos últimos vinte anos, o número de casos de câncer do rim no Brasil aumentou ligeiramente, mas a taxa de sobrevida também subiu. Por causa do uso mais frequente e da melhoria na qualidade das técnicas da ultrassonografia e da tomografia computadorizada, a maioria dos câncers do rim são agora diagnosticados numa fase mais precoce.

Os homens têm maior probabilidade de diagnóstico de câncer do rim que as mulheres. A maioria das pessoas são diagnosticadas entre os 60 e os 70 anos.

Quais são os estádios da doença?

Existem diferentes estádios do câncer do rim. Se o tumor está limitado ao rim e não se espalhou chama-se câncer do rim localizado. No câncer do rim localmente avançado, o tumor cresceu para fora dos rins para o tecido circundante, e invadiu veias, glândula adrenal ou gânglios linfáticos. Os médicos falam de doença metastática se o câncer se tiver espalhado para os gânglios linfáticos distantes ou para outros órgãos.

Quais os fatores de risco para câncer do rim?

As causas do câncer do rim são muitas vezes difíceis de determinar. Os fatores de risco gerais são o tabagismo e a obesidade.

Ter um parente de primeiro grau com câncer renal ou ter a pressão arterial elevada, também são fatores de risco potenciais. Certas mudanças de estilo de vida, como parar de fumar e manter um peso saudável, podem reduzir o risco de desenvolver câncer do rim.

Quais os tratamentos?

Se foi diagnosticado com câncer do rim localizado o seu médico pode recomendar tratar o câncer com nefrectomia parcial, nefrectomia radical, vigilância activa, ablação por radiofrequência ou crioterapia. Cada procedimento tem suas próprias vantagens e desvantagens. A escolha do tratamento depende da sua situação específica.

O câncer do rim localizado pode ser removido através:

  • Nefrectomia parcial (retira-se apenas a parte do rim acometida pelo tumor);
  • Nefrectomia radical (retira-se o rim em que o tumor está localizado, bem como o tecido envolvente).

Ambos os procedimentos podem ser realizados através de cirurgia aberta ou laparoscópica. A cirurgia laparoscópica também pode ser realizada com o auxilio de um sistema de cirurgia robótica.

Há situações em que a cirurgia não é a melhor opção para si. Isto poderá dever-se à sua idade ou à sua condição médica. Se o tumor tiver menos de 4 cm, o seu médico pode propor-lhe um período de vigilância activa. Durante esta vigilância o seu médico marcará consultas regulares para vigiar o tumor. Se o tumor continuar a crescer poderá necessitar de tratamento adicional.

Uma boa opção neste caso pode ser terapia de ablação.

A terapia de ablação poderá ser ablação por radiofrequência (ARF) ou ablação por crioterapia.

  • O objetivo deste tratamento é destruir as células tumorais por aquecimento (ARF) ou congelação (crioterapia);
  • A sua história clínica;
  • A existência de casos de câncer do rim na sua família;
  • Se tem um tumor num ou em ambos os rins;
  • O tipo de tratamento disponível no seu hospital;
  • A experiência do seu médico.
Dr. Rodolfo Anisio Santana de Torres Bandeira

Membro do Corpo Clínico do Hospital Samaritano, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP de São Paulo, Hospital Sírio-Libanês entre outros. Formado em Medicina pela Universidade Pernambuco, fez residência médica em Cirurgia Geral e Urologia no Hospital Getúlio Vargas. É doutor em Ciência pela Universidade de São Paulo (USP- 2017), foi fellowship em Urologia Mínimamente Invasiva pela USP (2012). Tem vários trabalhos publicados em revistas médicas nacionais e internacionais e livros publicados sobre a urologia. É membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia, da American de Urological Associacion e European Association of Urology.

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