Coceira, vermelhidão, inchaço e dor na região peniana são algumas características comuns da doença causada pelo Candida Albican, fungo responsável pela manifestação da candidíase. Entenda melhor sobre seus sintomas, tratamento e como se prevenir.
Não se preocupe. Apesar dos sintomas parecerem um pouco intimidadores, a candidíase não é uma doença grave e tem um tratamento simples, quando feito corretamente.
Abaixo, iremos apresentar informações importantes sobre ela, para que você se oriente melhor e busque o encaminhamento adequado.
O que é a candidíase masculina?
Causada pela proliferação excessiva do fungo Candida albicans, a candidíase é uma infecção que gera muito desconforto.
Naturalmente – tanto homens, quanto mulheres – possuem esse tipo de fungo presente na área genital. Contudo, alguns fatores internos e externos podem contribuir para um crescimento fúngico exagerado nessa região, que também pode se espalhar para outras partes do corpo.
Geralmente, o desenvolvimento de uma micose ocorre de modo mais acelerado em contextos quentes e úmidos, condições locais mais comuns em homens com fimose. No entanto, mesmo os homens que não tem essa característica, podem estar sujeitos ao problema.
Quais as causas da candidíase masculina?
Como dito anteriormente, o corpo humano já apresenta a presença do fungo Candida albicans de modo natural. No entanto, assim como as demais doenças causadas por fungos, a candidíase se favorece de certos fatores, internos e externos, para se proliferar além da quantidade saudável. São eles:
Causas internas:
- Diabetes mellitus;
- Doenças imunossupressoras, como o HIV e lúpus;
- Uso de medicamentos imunossupressores e/ou corticóides;
- Quimioterapia;
- Uso de drogas pesadas;
- Uso recente de antibióticos (eles matam exclusivamente as bactérias, que disputam alimentos com os fungos);
- Desnutrição.
Causas externas:
- Má higienização da região genital;
- Umidade local;
- Uso de roupas quentes, apertadas e molhadas;
- Uso de fraldas, em bebês ou idosos (aumenta a umidade local).
Como observado, a candidíase se aproveita de situações em que o sistema imunológico esteja comprometido para agir. Por isso, é importante prestar atenção aos sinais do nosso corpo e ficar atento à como ele reage em certos contextos.
Quais os sintomas da candidíase masculina?
Essa doença fúngica pode se expressar de diversas formas. Os sintomas mais comuns costumam aparecer na região do pênis, porém também é possível encontrar alterações na área escrotal ou da virilha. O Dr. Vitor Buonfiglio da Urobrasil, lembra também que, nos casos em que não há o uso de preservativo, o fungo pode chegar a outras partes do corpo como garganta, boca, pele, unhas e couro cabeludo.
Alguns dos principais sintomas da candidíase masculina são:
- Vermelhidão;
- Coceira;
- Dor na glande;
- Placas vermelhas e/ou esbranquiçadas no pênis;
- Ardência e dificuldade para urinar, ou durante a relação sexual;
- Ressecamento da pele;
- Presença de secreção esbranquiçada.
A doença costuma ser mais frequente em pacientes não-circuncidados porque, nesses casos, o fungo se aproveita da temperatura e da umidade sob o prepúcio para se multiplicar.
Como é feito o diagnóstico da candidíase nos homens?
O diagnóstico é baseado na observação dos sintomas e sinais apresentados pelo paciente, e deve ser feito por um urologista. Exames laboratoriais podem ser solicitados caso a candidíase seja recorrente ou apresente características mais atípicas, para confirmar a presença e o tipo específico do fungo.
Nesses casos, é feita uma pequena raspagem na região afetada, para posterior análise microscópica em busca da classificação das leveduras encontradas.
Como é o tratamento da candidíase nos homens?
De acordo com o urologista, a candidíase masculina tem cura e o tratamento pode ser feito pelo próprio paciente, em casa. “Geralmente, indicamos o uso de pomadas antifúngicas”, explica o Dr. Vitor. Quando o problema persiste ou é recorrente, é indicada a ingestão de antifúngicos orais. O especialista também lembra que, em ambos os casos, o tempo de tratamento será prescrito de acordo com o quadro de saúde do paciente.
É importante destacar, no entanto, que o tratamento não garante a imunidade da doença. Por isso é imprescindível que, após a cura, todos os cuidados sejam mantidos, buscando evitar a reincidência da candidíase.
O que deve ser feito para evitar a manifestação do fungo?
Evitar roupas quentes, apertadas ou molhadas é uma das recomendações. Além disso, o especialista indica outros cuidados para prevenir o problema. “Uma boa higienização na região do pênis, uso de preservativo nas relações sexuais e uma alimentação rica em frutas, legumes e muita água são fatores determinantes para evitar que a candidíase volte”, explica. Por isso, observar o próprio corpo e fazer uma visita frequente ao urologista são cuidados fundamentais para prevenção e combate à doença.
A candidíase é transmissível sexualmente?
Sim, porém essa não é a principal causa da doença.
Na maioria dos casos, a candidíase ocorre porque o próprio corpo perdeu a capacidade de controlar a proliferação da Candida que já se encontra na superfície da sua pele. Isso explica o porquê de pessoas que não tem relações sexuais também apresentarem a doença.
Contudo, ainda assim, há a possibilidade de transmissão. É preciso ficar atento sempre que houver relação sexual com uma pessoa que esteja com candidíase. O desenvolvimento ou não da doença vai depender da capacidade imunológica do homem de controlar a alta concentração de fungos com que teve contato. Por isso, o uso da camisinha é altamente recomendado sempre.
Acho que estou com candidíase. O que eu devo fazer agora?
Primeiro, fique tranquilo. Essa doença não é grave, é tratável e tem cura. O próximo passo é consultar um médico, para receber um diagnóstico preciso e ser direcionado ao melhor tratamento.
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Formado em Medicina pela UNIFESP, com residência em Urologia pela mesma instituição, o Dr Alex Meller atua como diretor clínico da Urobrasil desde de 2010, e tem diversas contribuições significativas na área de urologia, sendo algumas delas como:
Médico assistente da Disciplina de Urologia da UNIFESP – Escola Paulista de Medicina
Vice-chefe do setor de Endourologia e Litíase Renal da Disciplina de Urologia – UNIFESP/EPM
Delegado representante do Brasil na Sociedade Mundial de Endourologia (Endourological Society) entre os anos de 2018 a 2021
Coordenador do setor de Endourologia e Litíase Renal da Sociedade Brasileira de Urologia na Gestão 2016/2017
Autor de artigos científicos, capítulos de livros e palestras em Endourologia e Cálculo Renal
Membro do corpo clínico dos mais renomados hospitais de São Paulo