Pesquisa realizada em 37 países aponta que a vida sexual dos jovens tem começado cada vez mais cedo. Hoje, eles perdem a virgindade aos 13 anos, em média.
Apesar dos pais terem cada vez mais consciência de que falar sobre sexo é primordial, muitos ainda se sentem constrangidos ou possuem muitas dúvidas de como o assunto pode ser abordado. Por isso, conversamos com o Dr. Vitor Buonfiglio urologista da Clinica Unix para falar um pouco sobre o assunto, afinal a consulta com o especialista também deve ser feita pelos meninos na puberdade e em alguns casos é ele que fala pela primeira vez sobre sexo com os garotos.
Falar sobre sexo não é incentivá-lo, mas esclarecê-lo
É importante que os pais não se culpem por essa dificuldade. Afinal, falar sobre sexo tem sido um tabu até pouco tempo atrás e os adultos ainda estão “pegando o jeito” para falar sobre esse universo tão novo para as crianças. O urologista aponta que informar e incentivar são coisas diferentes, sendo assim, falar sobre sexo com seu filho não quer dizer que você está o incentivando a pratica-lo. É preciso falar diretamente sobre métodos contraceptivos e cuidados com DSTs. Essas conversas devem sempre estimular uma decisão responsável e consciente sobre o momento de iniciar a vida sexual.
Inclua o assunto na rotina, de forma natural
O urologista aconselha a tratar do assunto na rotina da família. “Ao invés de chamar o filho para conversar, os pais podem falar sobre sexo de uma maneira mais leve como, por exemplo, após uma cena na televisão”. Além disso, também é indicado respeitar os limites da criança. Caso surja alguma pergunta, responda de maneira franca sem necessariamente detalhar circunstâncias físicas.
Se preferir, converse com os professores do seu filho para saber sobre como eles estão abordando o assunto dentro da sala de aula e siga o mesmo ritmo. Caso estejam falando sobre camisinha, reforce em casa a importância do uso do preservativo. Mas lembre-se sempre de maneira leve, assim você estreitará a confiança com seu filho.
Conte com o urologista e o ginecologista
O ideal é que as consultas ao ginecologista e ao urologista sejam feitas antes do inicio da vida sexual. Porém, as crianças não devem ser forçadas a ir até o profissional, mas sim incentivadas pelos pais. O especialista lembra que caso os pais não se sintam confortáveis em falar sobre sexo, a tarefa deve ser transferida para outra pessoa. “A criança ou o adolescente jamais devem ficar sem informação, porque aí você abre um espaço para orientações erronias ou equivocadas, vindas através dos amigos ou da internet”, conta.