Apesar de causar grande prejuízo na vida sexual e acometer cerca de 10% dos homens brasileiros, pouco se fala sobre a Doença de Peyronie. Entenda tudo sobre aqui.
O que é Doença de Peyronie?
A doença de Peyronie é definida como uma deformidade na curvatura normal do pênis e pode provocar dor, dificuldade de ereção e penetração durante o ato sexual. Geralmente acomete homens acima de 40 anos.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença de Peyronie é essencialmente clínico, ou seja, feito em consultório através da conversa e exame físico com o médico. Não há necessidade de exame laboratorial ou de imagem para confirmação diagnóstica, mas exames podem ser solicitados na investigação ou suspeita de possíveis causas.
Sinais e Sintomas
A doença geralmente se divide em duas fases: aguda e crônica. Na fase aguda ocorre dor durante a ereção e modificação da curvatura do pênis. A fase crônica se caracteriza pela ausência de dor e estabilização da curvatura.
A curvatura do pênis costuma se manifestar por meio de fibrose do corpo cavernoso do pênis, geralmente após os 40 anos de idade, podendo estar acompanhado de:
- Dor;
- Tortuosidade;
- Diminuição do pênis;
- Dificuldade na ereção;
- Dificuldade na penetração.
Atenção: é importante diferenciar a doença de Peyronie da curvatura normal que alguns homens apresentam desde o nascimento. Nesse último caso, trata-se de uma tortuosidade peniana congênita, que não é associada a dor e acompanha o crescimento do pênis.
Causas da doença de Peyronie
As causas da doença de Peyronie ainda são muito misteriosas, inclusive para os médicos. Acredita-se que alguns fatores podem influenciar o surgimento da doença, que levam a alteração anatômica do órgão, como:
- Micro traumas e fraturas no pênis em posição ereta;
- Doenças metabólicas;
- Doeças auto-imunes;
- Doenças fibromatosas.
Tratamento
O tratamento vai depender se o paciente se apresenta na fase aguda ou crônica, a depender do tempo de instalação e sintomas da doença. Na fase aguda, que pode durar de 12 a 18 meses, recomenda-se o uso de medicações via oral para tratamento da dor e interrupção do processo fibrótico. A cura, entretanto, é rara. Poucos casos regridem naturalmente.
Na fase crônica, o tratamento recomendado é com cirurgia, que quando corretamente realizada, traz as melhores taxas de satisfação.
Atenção: Apesar de ser tratamento padrão ouro, a cirurgia pode cursar com complicações, como o risco de encurtamento da haste peniana, diminuição da sensibilidade, piora da função erétil e recorrência da curvatura com o tempo.
Em alguns casos, o uso de implante de prótese peniana pode ser recomendado, corrigindo a curvatura peniana em quase 70% dos casos.
Se você se identifica com alguns dos sinais descritos acima, não hesite em marcar uma consulta com um urologista qualificado para a realização de uma investigação e intervenção adequadas.
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