Entenda o que é a disfunção erétil: causas e consequências

Para o alívio de muitos homens, a disfunção erétil é muito mais comum do que se imagina. No Brasil, estima-se que cerca de 50% dos homens sofrem com esse problema após os 40 anos. Entenda o que é disfunção erétil; suas causas; como tratar e preveni-la aqui.

O que é disfunção erétil

Também chamado de impotência sexual, a disfunção erétil se define pela incapacidade do homem de manter a ereção peniana em pelo menos 50% das tentativas de penetração, possibilitando uma atividade sexual satisfatória.

Esse pode ser um sintoma de uma doença crônica e/ou orgânica e, por isso, merece uma avaliação pelo médico urologista quando ocorre de forma frequente a ponto de prejudicar a sua vida sexual. 

As causas da disfunção erétil

A disfunção erétil pode ser causada por motivos orgânicos, psicológicos, ou ambos. A não ereção se dá pelo desequilíbrio entre a contração e o relaxamento da musculatura das laterais do pênis, chamados de corpos cavernosos. Como a ereção é o resultado de um trabalho conjunto do nosso sistema nervoso, vascular e hormonal, esse desequilíbrio pode se originar em diversos sistemas, sendo as causas principais agrupadas nos seguintes grupos:

  • Problemas anatômicos ou estruturais: Pessoas que apresentam alterações na anatomia do pênis podem apresentar dificuldades na ereção peniana e nas relações sexuais. Essas alterações podem estar presentes desde o nascimento ou ser adquirida, seja através de traumas, complicações cirúrgicas etc.;
  • Distúrbios neurológicos: Doenças que acometem o sistema nervoso central podem cursar com disfunção erétil. Estima-se que esse grupo de doenças responda por 20% das causas de impotência sexual. Como exemplo, podemos citar as doenças neurodegenerativas (como Parkinson, esclerose múltipla etc.), tumores do sistema nervoso, Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou traumatismos cranioencefálicos.
  • Problemas circulatórios: Como a ereção depende do preenchimento capilar do pênis, ou seja, que ele se encha de sangue, doenças que acometem o sistema vascular podem afetar diretamente a ereção peniana. Como exemplo podemos citar as doenças cardiovasculares crônicas (hipertensão arterial, doença arterial coronariana etc.), diabetes, tabagismo, sequelas de cirurgias na pelve ou de radioterapia etc.
  • Distúrbios hormonais: Desequilíbrios hormonais podem alterar a líbido, fundamental para que haja a ereção peniana. Sendo assim, a falta de testosterona, o funcionamento inadequado de glândulas como a tireóide ou a hipófise podem estar relacionadas nos casos de disfunção erétil. 
  • Transtornos psicológicos: Ansiedade, depressão ou estresse afetam diretamente a líbido e as relações interpessoais, podendo levar à disfunção erétil.
  • Induzido por drogas: Algumas medicações, assim como o uso excessivo de drogas lícitas e ilícitas podem cursar com disfunção erétil como efeito colateral – inclusive o uso excessivo de álcool ou cigarro.

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Sintomas e diagnóstico da disfunção erétil

Pelas possíveis causas descritas, é possível entender e imaginar que a disfunção erétil não se trata de uma doença exclusiva da terceira idade (acima de 60 anos), atingindo, na verdade, cada vez mais os adultos jovens. Portanto, é importantíssimo que se mantenha atento a todos os sinais do corpo e que se procure uma avaliação qualificada do médico urologista quando alguém está com dificuldade de manter o pênis ereto ou com rigidez suficiente. Ejaculação precoce, redução da libído, alterações na anatomia/curvatura do pênis e mudanças no tamanho e volume do testículo também indicam a necessidade de uma avaliação médica.

A boa notícia é que a medicina apresenta um arsenal de exames complementares que pode lhe auxiliar na divisão entre possíveis causas orgânicas e psicológicas e lhe indicar o melhor tratamento possível.

Como tratar

O tratamento vai depender da causa da disfunção erétil, o que reforça a necessidade de uma boa avaliação médica na vigência dos sintomas.

Nas causas psicológicas, a psicoterapia torna-se fundamental, na qual será avaliada a necessidade ou não de um medicamento antidepressivo associado. Nos demais casos, o tratamento geralmente se divide entre medicamentoso e cirúrgico. Existem muitas medicações que induzem a ereção peniana, seja através do seu uso oral diário, ou sob demanda antes das relações sexuais – via oral ou através de injeções locais. Todos eles dependem de estimulação sexual para trazer resultado e devem ser utilizados sob supervisão médica. Para os casos refratários a todas essas opções de tratamento, existem as opções cirúrgicas, como as próteses penianas. 

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