Infertilidade é um tema que vem ganhando destaque entre os casais brasileiros que, cada vez mais, sofrem com a demora para conquistar o sonhado teste de gravidez positivo. Entenda aqui os motivos que favorecem a dificuldade de engravidar e como manter bons níveis de fertilidade.
O que define a infertilidade?
A infertilidade se refere a uma condição do sistema reprodutor feminino ou masculino que impede a concepção de um embrião, ou seja, de um bebê.
A infertilidade em números – Por que esse tema vem ganhando destaque?
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 8 milhões de pessoas no Brasil sofrem hoje com a infertilidade. No mundo, estima-se que cerca de 15% dos casais que desejam engravidar não conseguem.
Entretanto, apesar dos números que assustam, é preciso ter paciência quando o objetivo é constituir uma família. Cerca de 98% dos casais saudáveis e que praticam relações sexuais frequentes demoram até dois anos para conseguir conquistar um teste de gravidez positivo.
Causas de infertilidade
A infertilidade pode afetar tantos os homens, quanto as mulheres. Estima-se que cerca de 40% dos casos de infertilidade se dão por problemas femininos; 40% por problemas masculinos e 20% por características do próprio casal.
Dentre as principais causas podemos citar:
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Problemas femininos:
- Endometriose;
- Alteração de ovulação (ovário policístico, distúrbios hormonais, baixa reserva de óvulos etc.);
- Aderências pélvicas;
- Miomas uterinos;
- Genética;
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Problemas masculinos:
- Varicocele;
- Infecções;
- Fatores hormonais;
- Problemas anatômicos.
ATENÇÃO: Vale ressaltar que para muitas dessas causas há tratamento. Por isso, todo casal que não consegue engravidar merece uma devida investigação e orientação. No caso da mulher, geralmente o profissional mais apto para isso é o médico ginecologista e obstetra, enquanto que no homem quem faz essa investigação costuma ser o urologista.
Como prevenir a infertilidade?
O ideal, para que todo casal evite o estresse associado à espera de um teste de gravidez positivo, é que se faça um exame pré-concepcional – similar a um check-up do casal – antes de se preparar para a fecundação.
Esse teste inclui uma avaliação física geral, uma conversa aprofundada sobre o histórico de saúde de ambos do casal e uma série de exames complementares. No homem, geralmente se solicita um espermograma – um teste simples, feito a partir da coleta do sêmen por masturbação e uma análise laboratorial da qualidade dos espermatozoides.
Com todos os resultados normais em mãos, o próximo passo é ficar de olho no ciclo ovulatório da mulher e buscar praticar relações sexuais nos dias que compreendem o seu período fértil.
OBSERVAÇÃO: Mesmo quando se fala sobre fertilidade, a adoção de hábitos saudáveis ao longo da vida trará resultados positivos durante as chances de concepção.
Maternidade no Brasil
Os números divulgados pelo Ministério da Saúde (MS) nos mostram que cada vez mais a maternidade tardia se torna uma realidade entre as mulheres brasileiras. Conforme o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), o número de mulheres que engravidaram entre 35 e 39 anos aumentou em 70% nos últimos 20 anos. Da mesma forma, a gravidez entre 40 e 44 anos de idade aumentou em cerca de 50%.
Os motivos que levam as mulheres a engravidarem mais tarde hoje são variados e compreendem desde a inclusão cada vez maior da mulher no mercado de trabalho, até o desejo dos casais de encontrarem maior estabilidade financeira e emocional antes da decisão de constituir uma família. O problema é que o fator biológico muitas vezes vem na contramão do tempo de espera desejado, pois, a partir dos 35 anos, os óvulos envelhecem.
Gestação Tardia – Qual a relação dessa decisão com a infertilidade?
A fase de maior fertilidade da mulher, em termos biológicos, é entre os 20 e 30 anos de idade. Nesse período, o organismo da mulher tem menor risco de sofrer complicações durante e após o parto, e o bebê apresenta menor chance de desenvolver malformações.
Em média, mulheres com idade entre 20 e 30 anos que desejam engravidar possuem 18% de sucesso em cada tentativa. Após os 35 anos, esse percentual cai pela metade, e após os 40 anos cai para cerca de 4%.
A boa notícia é que já existem algumas tecnologias, como o congelamento de óvulos (além da investigação e orientação médica prévia), que aumentam as chances de sucesso da concepção de mulheres e homens que desejam uma gravidez mais tardia.
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