Os rins são órgãos fundamentais para garantir a saúde do organismo humano na medida que possui múltiplas funções como remover o excesso de água e sal, regular o equilíbrio ácido-básico e, assim, manter o pH sanguíneo constante, além de filtrar o sangue para eliminar substâncias nocivas, como ácido úrico, ureia e amônia.
Além disso, este órgão produz substâncias importantes como os hormônios renina (que controla a pressão arterial) e eritropoietina (que estimula a produção de hemácias). Um dos problemas que podem prejudicar o pleno funcionamento dos rins é o cálculo renal (popularmente conhecido como pedra nos rins). Uma dúvida comum que surge nas consultas é: a litotripsia resolve a pedra no rim? Confira mais sobre o tema a seguir!
Formação do cálculo renal
Antes de analisar a litotripsia, é preciso compreender como os cálculos renais são formados. Isso ocorre a partir de uma alta concentração de cristais na urina. Ingerir alimentos ricos em sal e proteínas e ingerir pouca água são fatores comumente associados ao desenvolvimento desta condição clínica. Outros fatores importantes são predisposição genética, hipertireoidismo e condições ambientais como exposição ao calor, entre outros fatores.
A maior parte dos cálculos se forma no rim e permanece nesse local. Contudo, eles podem migrar para a bexiga ou o ureter (ducto da via urinária que comunica o rim com a bexiga). Enquanto as pedras menores costumam ser expelidas naturalmente pela urina, aquelas com tamanho acima de 5mm precisam de alguma interferência externa para serem eliminados. Nesse contexto, a litotripsia costuma ser um recurso bastante indicado por urologistas.
O que é litotripsia
Trata-se de um procedimento de direcionamento de ondas de choque para o local onde está o cálculo. Essas ondas bombardeiam as pedras para fragmentá-las, facilitando a sua eliminação através da urina.
A litotripsia é indicada para os cálculos com até um centímetro de diâmetro, que não puderam ser eliminadas naturalmente e estão presentes na pelve renal ou na parte superior do ureter. Esse procedimento é feito através do litotritor, uma máquina que emite as ondas de choque.
Além de ser eficiente para esses casos, outra vantagem da litotripsia é que ela é simples e não invasiva, conseguindo evitar que o paciente precise ser submetido a uma cirurgia.
O que impacta a litotripsia
Antes de fazer a litotripsia, o urologista costuma solicitar uma ultrassonografia ou radioscopia para verificar a localização exata do cálculo e, assim, poder realizar a litotripsia de forma mais segura e eficiente. O paciente não sofre corte em seus tecidos, mas pode sentir um pouco de dor e desconforto.
Alguns fatores são relevantes para a realização da litotripsia, como a dureza e o tamanho da pedra, a sua distância até a superfície da pele e a anatomia da via excretora do rim. Em casos de cálculos maiores ou que não podem ser eliminados com litotripsia, pode ser necessário recorrer a um procedimento cirúrgico endoscópico via ureter.
Existem algumas contraindicações para a litotripsia, tais como gestação, pacientes com algum órgãos danificados e quadros clínicos como infecção urinária (que dificulta a saída dos fragmentos após a quebra do cálculo). Pessoas que realizam tratamentos com anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários ou pacientes com aneurisma de aorta abdominal também precisam de um cuidado maior.
Você desconfia de que está com cálculos renais? Marque uma consulta online ou presencial com algum urologista da Urobrasil para ter um diagnóstico preciso e verificar se a litotripsia é o procedimento mais adequado para o seu caso!