Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), de 0,5% a 20% dos homens podem sofrer com a Doença de Peyronie, sendo mais frequente em homes acima de 45 anos. A imprecisão na estimativa se dá porque, assim como ocorre com a disfunção erétil, muitos homens que apresentam a Doença de Peyronie preferem não buscar ajuda médica para enfrentá-la, o que dificulta saber sua prevalência exata na população.
O que é a doença de Peyronie?
A Doença de Peyronie é caracterizada pela fibrose (crescimento anormal do tecido conjuntivo) do pênis, o que leva a uma deformação na curvatura normal do órgão devido a aparição de nódulos em seu interior.
Geralmente, a Doença de Peyronie não impede a ereção, no entanto, a relação sexual se vê afetada devido à tortuosidade que o pênis apresenta, dificultando e até mesmo impedindo o ato sexual.
O que causa a doença?
Não existe consenso no que se refere as causas da doença, embora a teoria mais aceita e difundida no meio médico é a de que devido a Doença de Peyronie surgem micro-fraturas nos corpos cavernosos (par de estruturas do tecido erétil envoltas pelos músculos isquiocavernoso) durante a vida sexual.
É importante ressaltar que as fibroses não são visíveis quando o pênis se encontra em estado de flacidez, sendo apenas palpáveis. Já quando se encontra ereto, a tortuosidade é percebida, bem como os nódulos. Além disso, pode ocorrer a diminuição tanto na espessura quanto no comprimento do pênis.
Os problemas psicológicos que podem surgir
É muito comum que os pacientes que sofrem com a Doença de Peyronie tenham de enfrentar também problemas psicológicos, principalmente quadros depressivos e de ansiedade, pois a preocupação com o futuro da função sexual é inevitável. Percebe-se, portanto, que o tratamento da doença requer uma abordagem multidisciplinar, pois afeta diretamente a saúde mental do homem.
Como é feito o tratamento?
Além da abordagem psicológica, o tratamento que tem apresentado melhores resultados é a intervenção cirúrgica. Existem diversas técnicas de cirurgia que podem ser a mais recomendável de acordo com cada caso em particular.
Anteriormente, eram utilizadas diversas drogas, orais e injetáveis, no tratamento da Doença de Peyronie, no entanto, estudos recentes mostraram que elas não são tão eficazes a ponto de continuar-se utilizando-as.
Outros tratamentos que vêm tendo atenção especial da medicina e que podem ser o futuro do tratamento da Doença de Peyronie é a utilização da litotripsia (ondas de choque) de baixa intensidade na diminuição da curvatura peniana, e pesquisas com células troncos, embora ambos ainda estejam em fase inicial.