Os rins são pequenos, porém importantes órgãos do corpo humano. Eles são responsáveis pela filtragem do sangue, servindo como verdadeiros ‘faxineiros do corpo’. As impurezas, então, são eliminadas através da urina e o sangue, limpo, volta ao coração e outros órgãos através veias renais.
Além disso, esses órgãos são responsáveis pela produção de uma série de hormônios e pelo equilíbrio de alguns minerais, vitaminas e pH do sangue.
Justamente por terem um papel tão importante, qualquer tipo de doença renal é altamente prejudicial ao corpo, o que acaba deixando o sangue impuro e afetando outros órgãos. Eis que um desses problemas é a Doença Renal Crônica (DRC).
Afinal, o que é a DRC – Doença Renal Crônica?
A Doença Renal Crônica (DRC) atinge milhões de brasileiros e é uma doença séria. Ela limita a capacidade dos rins de filtrar o sangue e realizar o equilíbrio que descrevemos acima no corpo humano. Com isso, o corpo acaba ficando debilitado.
Em alguns casos, a DRC pode fazer com que a pessoa perca o rim, fazendo-a necessitar do custoso processo da hemodiálise, que é a filtragem do sangue através de uma máquina externa.
Isso não significa, no entanto, que todas as pessoas que possuem DRC necessitem de hemodiálise. Muitas delas possuem a doença e continuam a sua vida normal, apenas com uma limitação renal. O problema é que essa é uma doença que avança com o passar dos anos se nada for feito, o que pode piorar muito o quadro.
Os sintomas e problemas causados pela DRC
Enjoo, problemas de apetite, inchaço, cãibras e desregulação do volume de urina são alguns dos sintomas comuns ao longo do tempo de quem desenvolve uma DRC. Quando ocorre uma insuficiência renal aguda, ou seja, quando um dos rins para de funcionar, dores fortes na região lombar e do abdômen podem aparecer e podem ser acompanhadas de febre e até mesmo diarreia.
Dentre os problemas causados pela DRC, podemos destacar:
- Inchaço provocado pela retenção de líquidos
- Aumento repentino nos níveis de potássio no sangue, podendo causar problemas cardíacos
- Problemas ósseos devido ao problema da absorção de cálcio
- Anemia
- Edema pulmonar (água nos pulmões)
- Diminuição do desejo sexual, disfunção erétil ou fertilidade reduzida
- Danos ao sistema nervoso central que podem causar problemas cognitivos
- Inflamação do pericárdio (membrana que envolve o coração)
- Diminuição da imunidade
Diagnósticos e tratamento para a Doença Renal Crônica
O diagnóstico da DRC é feito através de exames de sangue ou de urina. Eles são capazes de detectar substâncias em presença ou volumes anormais no sangue ou urina, indicando que o rim pode não estar com o funcionamento adequado por algum motivo. Por isso, é muito importante fazer os exames de rotina, assim, o problema pode ser detectado de forma precoce e o tratamento fica mais eficiente.
Em fases iniciais, o tratamento para a Doença Renal Crônica visa mudança no estilo de vida, através da alimentação saudável e prática de exercícios físicos, diminuindo a pressão arterial, evitando diabetes e o colesterol alto – que são justamente fatores de risco para a DRC. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos, hemodiálise ou transplante de rim.
As pedras nos rins, nome popular do cálculo renal, inclusive, podem contribuir para o surgimento ou piora de uma DRC. O tabagismo e o uso de determinados anti-inflamatórios também contribuem.
Por que a DRC é fator de risco para a COVID-19?
A COVID-19 (do inglês, Coronavirus Disease 2019) é uma doença causada pelo coronavírus – que é altamente contagioso. Pessoas com DRC possuem a imunidade mais baixa, ficando mais vulneráveis ao contágio e às ações do vírus no corpo.
Além disso, alguns pacientes com DRC tomam medicamentos que baixam ainda mais a imunidade, sendo um quadro ainda pior. Outro ponto é que, em observação dos casos chineses, alguns pacientes acometidos pela COVID-19 tiveram suas funções renais prejudicadas – o que pode ser ainda pior para quem tem uma DRC.
Por isso, quem possui uma Doença Renal Crônica, inclusive quem já teve ou tem pedras nos rins, deve ter cuidados redobrados na prevenção ao coronavírus. A higienização adequada das mãos e superfícies, bem como evitar aglomerações são cuidados fundamentais neste momento.
O paciente que sentir sintomas como tosse (seca ou com secreção), febre e mal estar, deve procurar o serviço de saúde, pelo telefone 136, para orientação. Só procure atendimento médico presencial caso os sintomas persistam e a febre acima de 39º perdure.
Saiba mais sobre Doença Renal Crônica e o grupo de risco do COVID-19, no vídeo abaixo com as minhas explicações:
Para mais informações sobre a pandemia do COVID-19, consulte o site do Ministério da Saúde.