Os órgãos genitais masculinos e femininos começam a se formar no fim da vida intrauterina e de 3 a 5% dos meninos recém-nascidos chegam ao mundo com essa anomalia popularmente conhecida como testículos retráteis. A porcentagem aumenta em bebês prematuros (30%), ou seja, a formação não se completa e os testículos não chegam ao escroto, ficando fora da sua localização ideal. Para esse problema, damos o nome de Criptorquidia, devido ao termo “crip” que, em grego, significa “escondido”.
O que caracteriza a anomalia?
O que caracteriza essa anomalia é a posição do testículo que parou no meio do caminho que deveria percorrer, do abdômen (onde começam a ser formados), até a bolsa escrotal. Devemos dar atenção a estes casos porque os testículos precisam estar no lugar certo para produzirem espermatozoides, já que essa função depende de uma temperatura certa (de 1 a 1,5º a menos que o restante do corpo). Por isso, o escroto é formado por várias camadas de músculos que os relaxam no calor e, ao mesmo tempo, fazem com que o órgão se retraia no frio para que tenha mais contato com a pele ao redor.
Como notá-la?
Muitas vezes, já no berçário, o pediatra pode notar que os testículos não estão no devido lugar. De fato, esse é o melhor momento para o diagnóstico, pois o músculo que faz o movimento de subida e descida do escroto está menos ativo nessa fase, podendo ser notado claramente.
O que fazer?
Quando isso acontece, pode-se esperar até um ano de idade para que a formação do órgão se complete e assim se recomenda a atenta observação dos pais. Antigamente se esperava até os cinco anos, mas para evitar o prejuízo nas células que compõem o testículo e a produção de espermatozoides e testosterona, hoje o máximo que se adia a cirurgia é até um ano e meio de idade. É importante não esperar demais também, pois alocado no lugar errado, existe o aumento da incidência de câncer nos testículos.
Tratamentos
Caso a normalização não aconteça no tempo limite, podemos contar com um estímulo hormonal que provoca o amadurecimento mais rápido do órgão e auxilia a fase final de sua formação, mas o tratamento mais eficiente é o cirúrgico, que traz o testículo para o seu devido lugar com uma pequena incisão.
Se você será pai ou mãe de um menino, é importante ficar atento aos sinais que indiquem testículos retráteis. Caso o bebê seja diagnosticado, fique tranquilo, pois é uma anomalia que tem correção.
Nós, da Urobrasil, estamos à disposição para auxiliar e cuidar desse e de outros problemas relacionados ao trato urinário e genitais. Para saber como agendar uma consulta, entre em contato.
Fonte: Drauzio Varella