É comum que pais de crianças do sexo masculino fiquem preocupados sobre a fimose. Embora o problema possa ser resolvido de forma natural, a partir do crescimento da criança, em alguns casos esse quadro clínico pode permanecer até a vida adulta. Quando isso ocorre, é necessária a cirurgia denominada postectomia.
No artigo a seguir, você vai ver com detalhes o que exatamente é a fimose, como é realizada a postectomia e em que casos ela é recomendada. Por fim, traremos algumas recomendações básicas para ter um bom pós-operatório. Boa leitura!
O que é fimose?
Essa é uma condição clínica muito comum, sobretudo na infância, e se caracteriza pela impossibilidade de expor a glande (popularmente chamada de “cabeça do pênis”). Esse quadro é provocado pelo estreitamento do prepúcio.
Quando a exposição da glande não ocorre naturalmente até em torno dos 3 anos de idade, a criança começa a sentir incômodos e mal-estar a partir do acúmulo de secreção. Outro sintoma comum é a ocorrência frequente de infecções penianas (quadro conhecido como balanopostite).
É importante mencionar que a permanência da fimose após a infância ou a ocorrência de balanopostite de forma repetida são condições básicas para a realização da postectomia. Um jeito de verificar se a criança está com fimose é ouvi-la reclamar quando os pais dão banho nela e tentam expor a glande, mas não conseguem.
Como é feita a postectomia?
A cirurgia de postectomia (popularmente conhecida como circuncisão) consiste na remoção do prepúcio, o que promove a queratinização do epitélio da glande. Isso é fundamental para reduzir os riscos de infecções nessa área e o acúmulo de umidade e secreções no sulco, na glande e na face interna do prepúcio.
Outra informação relevante é que o ideal é que a postectomia seja realizada até a criança completar 7 anos de idade. Isso ocorre porque, quando ela é feita posteriormente, a recuperação é mais dolorida e lenta. Por se tratar de uma cirurgia simples, a criança costuma ser liberada do hospital no mesmo dia da operação.
Cuidados básicos do pós-operatório
Toda cirurgia, por mais simples que seja, envolve algum risco. E o pós-operatório é tão importante quanto o procedimento realizado no hospital. Por isso, é preciso seguir com cautela e disciplina cada uma das seguintes recomendações da equipe médica.
A primeira delas é: a criança deve permanecer em repouso absoluto nos quatro primeiros dias após a operação. É essencial que ela se levante somente em ocasiões extremamente necessárias, como tomar banho.
É comum que ela apresente dificuldades para urinar a um primeiro momento, mas esse desconforto é passageiro. Ao perceber que esse sintoma está se estendendo por semanas, converse com o profissional cirurgião que a operou para ser bem orientado.
Outros benefícios da postectomia
Além de solucionar o problema da fimose e evitar infecções bacterianas e incômodos, a postectomia traz outros benefícios. Um deles é a redução do risco de contágio por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) como HPV, herpes simplex 2, gonorreia, sífilis, clamídia e tricomoníase, além do. A ver de penis.
A ciência ainda não respondeu por que isso ocorre. Mas estudos sugerem que a causa dessa redução de riscos são as alterações no conjunto de micro-organismos que habitam o pênis após a postectomia. Vale ressaltar que essa redução de contágio por ISTs se estende para parceiros amorosos de homens circuncidados.
A fimose é uma condição clínica muito comum e cuja cirurgia não costuma apresentar complicações, desde que seja acompanhada com cuidado. Agende uma consulta na Urobrasil e tenha acesso aos melhores profissionais da área para realizar essa cirurgia com precisão e segurança.