Vamos falar sobre disfunção erétil, sem tabus

No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas já foram diagnosticadas com disfunções eréteis, sendo 50% dos homens com mais de 50 anos. Popularmente conhecida como impotência sexual, a disfunção erétil é a incapacidade de obter ou manter uma ereção durante o ato sexual.

Existem casos em que a ereção não é obtida suficientemente para permitir a penetração. Em outras situações, o homem realiza a penetração, mas não consegue sustentar a ereção, o que impede a finalização do ato sexual.

A disfunção erétil pode acontecer em momentos isolados ou recorrente, quando a pessoa não consegue ter uma ereção ou manter o pênis ereto até o final do ato sexual é importante procurar um especialista. Por outro lado, quando o problema acontece em momentos esporádicos ao longo de sua vida, não há motivo para preocupação.

Como funciona o processo de ereção

Antes de saber a causa da impotência sexual masculina é importante entender a fisiologia da ereção. Por meio de estímulos como cheiro, som, visão, toque ou memória, há a liberação de neurotransmissores que desencadeiam o mecanismo de ereção, uma série de reações vasculares (aumento do fluxo arterial e diminuição da drenagem venosa) que resultam na tumescência dos corpos cavernosos, ou seja, rigidez peniana. “A testosterona age na libido, ou seja, nos estímulos. Quando existe a queda do nível de testosterona, ocorre a diminuição da libido que resultaria na perda do desejo sexual. Qualquer deficiência de testosterona pode resultar na disfunção erétil”, explica o Dr. Lawrence Utida, urologista da clínica Unix.

As causas da disfunção erétil

As causas da disfunção erétil podem estar relacionadas a distúrbios psicológicos (associado a 70% das causas de disfunção, tal como depressão, ansiedade, stress e fadiga), doenças hormonais (hipogonadismo), doenças neurológicas (lesões na medula, mal de Alzheimer e Parkinson), doenças vasculares (50% das doenças orgânicas), que causam a oclusão das artérias prejudicando a irrigação peniana (hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes, tabagismo, obesidade resulta em obstrução vascular), consumo excessivo de medicamentos e alcoolismo.

O diagnóstico da doença é clínico-laboratorial. “Deve-se investigar antecedentes de doenças circulatórias, endócrinas e neurológicas, uso de medicamento que possam estar ocasionando ou contribuindo para a dificuldade de ereção. Lembrando que o estado psicológico do paciente também devem ser avaliado”, ressalta o Dr. Lawrence.

Os tratamentos

Com o avanço dos métodos diagnósticos, o tratamento da disfunção erétil tem progredido bastante. Para casos relacionados a falta de testosterona, por exemplo, podem-se aplicar medicamentos para repor o hormônio. Em casos de disfunções de origem vascular ou neurológica, é possível o uso de medicamentos orais e injetáveis, até mesmo, indicação cirúrgica de colocação de prótese peniana.

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