Descubra se você faz parte do grupo de risco da COVID-19

A COVID-19 – doença causada pelo coronavírus – ainda é um pouco misteriosa quanto à maneira com a qual acomete quem a contrai. Inclusive, um editorial recente publicado no The British Medical Journal, indica que alguns outros sintomas além da tosse, febre e dificuldade para respirar podem aparecer, tornando o diagnóstico e tratamento um pouco mais dificultosos em alguns casos.

 

No entanto, o que sabe-se sem dúvidas é que as pessoas do grupo de risco podem ter maiores complicações quando comparadas a pessoas em condições normais de saúde. Por isso, é importante que você saiba o que pode colocá-lo no grupo de risco, as formas de prevenção da doença e o que fazer caso algum sintoma surja. 

Como saber se estou no grupo de risco da COVID-19?

O grupo de risco da COVID-19 é composto por pessoas em condições especiais de saúde e doentes crônicos. Os critérios para a determinação deste grupo vêm da OMS – Organização Mundial da Saúde – que coleta dados dos casos no mundo inteiro.

 

Fazem parte do grupo de risco da COVID-19:

 

  • Pessoas com histórico de hipertensão
  • Cardiopatas (pessoas com doenças cardíacas)
  • Diabéticos ou pré-diabéticos
  • Portadores de asma, bronquite ou outras doenças respiratórias crônicas
  • Pacientes de DRC (Doença Renal Crônica, incluindo quem tem ou teve pedras nos rins)
  • Idosos (com atenção especial àqueles acima de 80 anos
  • Grávidas e puérperas (mulheres em fase pós-parto)

 

As grávidas e puérperas foram incluídas no grupo de risco pelo Ministério da Saúde do Brasil, pelo mesmo motivo que os idosos, diabéticos e hipertensos já estavam na lista da OMS: vulnerabilidade maior de saúde e imunidade mais baixa. Já outros doentes crônicos estão na lista, pois a capacidade de órgãos que podem ser atingidos diretamente pelo coronavírus (coração, rins e pulmões) não estão completamente saudáveis.

 

Além disso, as pessoas com problemas respiratórios crônicos possuem uma preocupação a mais, pois um dos sintomas da COVID-19 é a Síndrome Respiratória aguda, que compromete os alvéolos já debilitados nessas pessoas. Outro dado pertinente é que houve perda de até 30% na capacidade respiratória de alguns pacientes que se recuperaram da doença.

 

Para os doentes renais crônicos, inclusive os com histórico de pedras nos rins, o principal ponto de atenção é que o coronavírus pode causar insuficiência renal e pessoas já nessas condições possuem suas funções renais comprometidas.

Os sintomas da COVID-19

A falta de ar ou dificuldade para respirar é o sintoma mais característico e perigoso da COVID-19. Se este sintoma estiver acompanhado de febre acima de 37ºC e tosse, seja ela seca ou com secreção, faz-se necessário procurar atendimento médico de urgência.

 

De acordo com algumas análises recentes, inclusive de acordo com o The British Medical Journal citado no início deste artigo, sintomas não característicos podem aparecer: dentre eles urticária, dor de cabeça, desorientação e sintomas de doenças neurológicas. 

 

É importante salientar que muitas pessoas ainda entrarão em contato com o vírus e, na maioria delas, os sintomas serão mais brandos. Pesquisadores Chineses publicaram na Revista Americana Jama que 80,9% dos casos são leves ou assintomáticos, grave em 13,8% deles e crítica em 4,7%.

 

Os casos graves e críticos têm, em sua maioria, pessoas do grupo de risco, destacando-se os diabéticos, hipertensos e cardiopatas. A necessidade de hospitalização para pessoas acima dos 80 anos ultrapassa o 18%. Daí a importância dos cuidados redobrados por quem está no grupo de risco ou convivendo próximo a essas pessoas.

Transmissão e prevenção da COVID-19

Ao contrário do que se pensava, o coronavírus não é transmitido pelo ar, mas por gotículas de saliva que se depositam em objetos e superfícies e ficam invisíveis aos olhos. Os espirros e tosses são os principais disseminadores dessas gotículas. Ao entrar em contato com elas através do toque nesses objetos e superfícies contaminadas, que podem ser e levar as mãos à boca, nariz ou olhos, pode ocorrer a contaminação.

Por isso, higienizar os objetos e superfícies com álcool líquido 70% e lavar sempre as mãos com água e sabão são os cuidados fundamentais para a prevenção. Além disso, é importante:

 

  1. Cobrir o nariz e a boca sempre ao tossir ou espirrar para não espalhar gotículas de saliva.
  2. Sempre lavar as mãos com água e sabão, prioritariamente ou realizar desinfecção com álcool em gel.
  3. Evitar levar as mãos no rosto e só fazê-lo após a devida higienização.
  4. Usar álcool líquido para desinfectar objetos e superfícies, até mesmo as compras do mercado.
  5. Não compartilhar utensílios de refeições como talheres e copos.
  6. Sair de casa somente para o necessário e se está no grupo de risco deve evitar ainda mais. Busque auxílio nos serviços de entrega ou com outras pessoas.
  7. Utilizar máscaras de pano ao ir ao mercado ou quando for necessário o contato com outras pessoas.
  8. Quando precisar sair, tomar um banho assim que voltar e separar e lavar as roupas sujas.
  9. Procurar manter a casa aberta e arejada.
  10. Buscar informações de prevenção e cuidados apenas nos meios oficiais e idôneos.
  11. Não ir ao hospital por qualquer sintoma e procurar entrar em contato com seu médico ou Ministério da Saúde via telefone para esclarecimento de dúvidas.
  12. Não se automedicar.

É hora de um cuidado coletivo

A prevenção é um cuidado que todos devem ter para resguardar a sua própria saúde e a das pessoas que estão no grupo de risco. Devemos respeitar as recomendações dos médicos e especialistas para amenizar os danos causados por esta pandemia de COVID-19. Devemos fazer a nossa parte.

 

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