Entenda o que é a Litotripsia Extracorpórea

A Litotripsia Extracorpórea, também conhecida como LECO, é um procedimento que visa implodir ou triturar os cálculos renais e ureterais que se encontram no trato urinário. Esse procedimento é feito por meio de ondas sonoras de choque, a fim de possibilitar que sejam expelidos pelas vias adequadas.

O que são cálculos renais e como eles se formam?

Os cálculos são minerais que se cristalizam e se alojam em algum lugar do trato urinário. Estima-se que 85% dos cálculos sejam formados por cálcio, o restante é composto por diversas outras substâncias.

Alguns deles, podem ser expelidos naturalmente através da urina. Já os cálculos maiores (geralmente acima de 5mm), dificilmente saem se não houver uma interferência externa. A litotripsia costuma ser o primeiro recurso indicado pelos urologistas, nesses casos, por se tratar de um procedimento tranquilo e muito eficiente.

Litotripsia: Como é feito esse procedimento?

O procedimento é feito através do uso de uma máquina chamada Litotritor. Esse equipamento é o responsável por emitir as ondas usadas para destruir os cálculos. Existem três sistemas diferentes que podem ser os geradores dessas ondas de choque: o eletro-hidráulico, eletromagnético ou piezoelétrico. Esses tipos de ondas são capazes de se propagar no meio líquido, penetrando o paciente e atingindo especificamente o alvo desejado. Os benefícios independem da fonte de energia, uma vez que com os três sistemas os resultados são sempre assertivos.

Antes de fazer o procedimento em si, o urologista costuma solicitar uma radioscopia ou uma ultrassonografia, para descobrir exatamente onde o cálculo está localizado. Com esse exame em mãos, ele terá mais propriedade para conduzir a litotripsia de forma mais eficiente.

Na prática, o procedimento da Litrotripsia acontece da seguinte forma:

  • O paciente se deita, de frente ou de bruços – dependendo da localização do cálculo;
  • O aparelho é posicionado de acordo com o alvo;
  • Durante os próximos 30 à 45 minutos, o aparelho fica emitindo ondas;
  • A duração e o número de sessões vão depender das características específicas do cálculo;
  • A maioria dos pacientes considera o incômodo tolerável, mas, caso seja necessário, é possível realizá-lo sob efeito de sedação ou analgesia.

A LECO é considerada um procedimento não invasivo, de caráter ambulatorial e com índices baixíssimos de complicações. Não é necessário internar o paciente e ele pode voltar às suas atividades cotidianas no mesmo dia. Inclusive, é incentivado que ele se movimente, para ajudar com a eliminação das pedras. Esses motivos fizeram com que a litotripsia se tornasse uma das alternativas mais escolhidas pelos urologistas para tratar cálculos urinários. 

Quando a Litotripsia Extracorpórea (LECO) é indicada?

A LECO é o procedimento indicado para alguns tipos de cálculos que não puderam ser expelidos naturalmente. Os cálculos ideais para serem quebrados através deste procedimento são aqueles com até um centímetro de diâmetro (meia polegada), presentes na pelve renal ou parte superior do ureter. Uma vez quebrados, é mais provável que os fragmentos menores consigam ser eliminados pela urina.

Por ser um procedimento não invasivo e passível de ser realizado em situações de urgência, a execução da litotripsia muitas vezes consegue evitar que o paciente tenha que passar por um procedimento cirúrgico.

Quais fatores influenciam a Litotripsia?

Algumas características têm papel importante durante o processo. São elas:

  • A dureza da pedra;
  • Seu tamanho;
  • Sua distância até a superfície da pele
  • A anatomia da via excretora do rim.

Fatores técnicos também podem interferir na eficiência do procedimento. Por isso, é importante estar amparado pelo trabalho de um urologista competente e reconhecido. O posicionamento inadequado do Litotridor, a localização imprecisa da pedra e a falta de imobilidade durante a litotripsia podem trazer consequências indesejadas.

Existe alguma contraindicação à Litotripsia?

A maior contraindicação da litotripsia extracorpórea é em caso de gravidez. Pacientes que estejam com algum órgão danificado, infecção urinária ou qualquer outra condição que dificulte a saída dos fragmentos após o procedimento da quebra do cálculo, também fazem parte do grupo de contra indicados a fazer a LECO.

Outro ponto de alerta são os pacientes que estejam fazendo algum tratamento com o uso de anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários. Nesses casos, o indicado, se possível, é pausar a administração dos citados medicamentos por um período, para então submeter a pessoa em questão à litotripsia.

Por fim, esse procedimento também não é recomendado para pacientes que tenham aneurisma de aorta abdominal.

Existe algum risco ou efeito colateral comum após a Litotripsia?

Como citamos, a LECO é muito segura e eficiente. Contudo, é importante lembrar que, após a pedra ser fragmentada, o passo seguinte é que ela seja expelida naturalmente pelo corpo. De qualquer forma, fragmentos do cálculo ainda estarão em trânsito dentro do corpo.

Os efeitos colaterais não costumam ser graves, mas podem gerar um pouco de incômodo. É possível que após uma sessão, seja encontrado sangue na urina, por exemplo. 

Além disso, também é possível que o paciente sinta dor na lombar ou cólicas renais.

Sinais de equimoses (roxos) e hematomas podem surgir no local onde o Litotridor entrou em contato com a pele. Em casos mais raros, pode haver um quadro de infecção, causando febres e calafrios.

Se houver sangramento ou dor intensa, o correto é buscar auxílio médico imediatamente.

Se você está com algum cálculo e gostaria de saber se é possível realizar a litotripsia no seu caso, consulte um médico urologista especializado.

Aqui na Urobrasil, você tem a comodidade de poder agendar a sua consulta pelo nosso site. Além disso, pode optar se prefere o atendimento presencial ou online.

Dr. Alex Elton Meller

Formado em Medicina pela UNIFESP, com residência em Urologia pela mesma instituição, o Dr Alex Meller atua como diretor clínico da Urobrasil desde de 2010, e tem diversas contribuições significativas na área de urologia, sendo algumas delas como:

Médico assistente da Disciplina de Urologia da UNIFESP – Escola Paulista de Medicina
Vice-chefe do setor de Endourologia e Litíase Renal da Disciplina de Urologia – UNIFESP/EPM
Delegado representante do Brasil na Sociedade Mundial de Endourologia (Endourological Society) entre os anos de 2018 a 2021
Coordenador do setor de Endourologia e Litíase Renal da Sociedade Brasileira de Urologia na Gestão 2016/2017
Autor de artigos científicos, capítulos de livros e palestras em Endourologia e Cálculo Renal
Membro do corpo clínico dos mais renomados hospitais de São Paulo

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