Saber os motivos que causam pedra nos rins pode ajudar a preveni-la.
Temida por todos e negligenciada por muitos, a pedra no rim é um assunto popular. Dados da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) mostram que esse é um mal que atinge cerca de 5% da população brasileira, ou seja, mais de 10 milhões de pessoas, só no nosso país.
Considerada uma das piores dores que podem ser experienciadas pelo ser humano (superando, até mesmo, a dor do parto natural), é importante saber como o cálculo renal se forma, e quais são as melhores formas de preveni-lo.
O que é uma pedra no rim (cálculo renal)?
Os rins são os grandes filtros do corpo humano. Além da água, também filtram a urina, retendo diversos elementos, como cálcio, ácido úrico e oxalato. Quando essas moléculas se acumulam, acabam dando origem a um cálculo renal, uma formação sólida que pode transitar pelo trato urinário e, eventualmente, obstruir algum canal, causando dor.
As pedras no rim se diferenciam em tipos, segundo a sua origem, podendo ser renais, ureterais ou vesicais.
Quais as principais causas de pedra nos rins?
A principal causa de pedra no rim é a baixa ingestão de água. Isso aumenta a concentração de cristais na urina. Quanto mais hidratados estivermos, mais conseguiremos diluir esses sólidos e facilitaremos sua eliminação.
Contudo, existem alguns outros hábitos que também influenciam na formação dos cálculos renais, como veremos a seguir:
- Consumo de sal em excesso;
- Alta ingestão de proteínas de origem animal;
- Ingestão abusiva de carboidratos (arroz, feijão, massas, batatas e açúcar);
- Dieta com baixo consumo de cálcio (leite e derivados);
- Mais propício de acometer moradores de cidades quentes ou que suam muito, seja por motivo de atividade física ou profissão.
Também sabemos que algumas doenças aumentam a chance de surgimento de pedras nos rins, sendo elas:
- Obesidade;
- Pós operatório de cirurgia bariátrica;
- Hipertensão;
- Diabetes tipo 2;
- Infecções urinárias recorrentes, causadas por tipos de bactérias;
- Doenças intestinais (Crohn, Celíaca, Intestino curto);
- Cistinúria;
- Hipercalciúria idiopática;
- Hiperoxalúria primária;
- Hiperparatireoidismo primário;
- Síndrome de Bartter;
- Acidose tubular renal distal.
Além disso, também podem haver malformações anatômicas, tanto nos rins, quanto nas vias urinárias, como, por exemplo: rim em ferradura, junção ureteropiélica (estenose em JUP) ou rins policísticos. Por fim, existe também o peso da predisposição genética, em alguns casos.
Como se prevenir da pedra no rim?
Primeiramente: beba água. O ideal é tomar de 2 a 3 litros de água ao longo do dia, dividido em pequenas porções. Esse líquido ajuda a diluir os cristais que estão no fígado, e facilita sua eliminação. Procure manter sua urina com a coloração amarela clara.
Não abuse do sal e modere o consumo de proteína animal (peixes, aves, carne vermelha, ovos). Busque incluir na sua dieta proteínas de origem vegetal, como feijão, soja, nozes, ervilhas e lentilhas.
Evite tomar bebidas açucaradas (refrigerantes, sucos industrializados, cafés e chás especiais, bebidas alcoólicas). Substitua por sucos naturais e com pouco açúcar.
Fique atento e limite o consumo de alimentos ricos em oxalato de cálcio: quiabo, beterraba, acelga, espinafre, trigo, chocolate, frutas secas, carambola). Não precisa evitar – já que muitos deles são escolhas saudáveis – mas não exagere.
Pratique o auto-cuidado.
Nós podemos nos atentar e mudar nossos hábitos do cotidiano, buscando maior qualidade de vida. Porém, nada substitui um acompanhamento médico. Praticar a medicina preventiva pode nos poupar de sofrimentos e complicações futuras.
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- CRM 82597
- RQE 66851
Médico chefe da Clínica de Urologia do Hospital do Servidor Público Municipal e Coordenador da cadeira de Urologia da Universidade UniNove. Atuou como coordenador do setor de Uro-oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Possui diversos artigos e livros.