Das doenças que acometem a próstata, o câncer talvez seja a mais difundida, já que, no Brasil, essa patologia é a segunda mais frequente entre os homens. Porém, é preciso atenção: existem outras que, apesar de serem menos conhecidas popularmente, podem afetar essa glândula e gerar graves consequências quando não tratadas.

Conheça agora quais são as 3 principais doenças da próstata.

1. Prostatite

Prostatite é uma doença inflamatória da próstata que afeta homens adultos e, mais raramente, meninos pré-adolescentes. É bastante comum e chega a atingir quase 30% da população  masculina. Ela pode ser classificada em 4 categorias:

 

    • Prostatite bacteriana aguda: geralmente causa sintomas sistêmicos como febre, calafrios, mal-estar e mialgias. Há dor ao urinar, nas costas, nos músculos, nas articulações e no períneo, além de dificuldade em esvaziar completamente a bexiga.

  • Prostatite bacteriana crônica: caracteriza-se como episódios reincidentes de infecção por bactéria. Os sinais e sintomas tendem a ser mais leves que na prostatite aguda, podendo ocorrer dor e necessidade de urinar mais vezes, principalmente à noite.


  • Prostatite crônica: apresenta dor como o sintoma predominante, incluindo dor na ejaculação, irritação urinária ou obstrução;


  • Prostatite inflamatória assintomática: não apresenta sintomas, e é descoberta de modo incidental durante avaliação para outras doenças prostáticas quando há presença de leucócitos na urina.

 

Alguns fatores de risco gerais da prostatite são: doenças do sistema nervoso; lesão na zona da próstata; ter uma infecção na bexiga ou na uretra; trauma pélvico; relações sexuais sem proteção; estresse; fator genético.

 

Como é feito o diagnóstico da prostatite?

O diagnóstico é feito através do histórico e exame clínico de urina. Dependendo do caso, o urologista pode solicitar exames complementares, como o de toque retal, exames de sangue, ultrassonografia e ressonância magnética.

 

Qual é o tratamento para prostatite?

O tratamento ideal dependerá da avaliação médica e do tipo de prostatite diagnosticado. No caso da patologia bacteriana aguda e crônica, o procedimento é feito com administração de antibióticos.

Nos casos não bacterianos, os pacientes podem ou não precisar de antibióticos. Dependendo dos sintomas, o indivíduo pode receber uma variedade tratamentos (bloqueadores alfa-adrenérgicos, relaxantes musculares, extratos vegetais) para relaxar e diminuir a próstata, a fim de reduzir a obstrução da urina; massagens prostáticas podem ser utilizadas para drenar o conteúdo da próstata.

 

  1. Hiperplasia prostática benigna

    A hiperplasia também é chamada pelos médicos de “próstata aumentada”, porque é uma condição onde a gândula dos pacientes cresce e aumenta de tamanho. Esse aumento, quando natural do corpo humano, é classificado como hiperplasia prostática benigna.

 

Segundo estudos, uma das teorias de crescimento da próstata, está ligado ao aumento do número de células nessa região, que ocorre ao longo dos anos devido à estimulação da proliferação destas células por ação da testosterona.

Alguns fatores de risco da hiperplasia são: homens com mais de 50 anos; presença de testosterona; dietas ricas em gorduras; histórico familiar. 

 

Como é feito o diagnóstico da hiperplasia prostática benigna?

O diagnóstico é feito através de avaliação clínica e, caso haja necessidade, exame do toque retal, exames de urina, análises de sangue e ecografias podem ser solicitados pelo urologista.

 

Qual é o tratamento para hiperplasia?

Existem três grandes grupos de medicamentos para tratar a HBP: os alfa-bloqueantes, os inibidores da 5 alfa-redutase e a fitoterapia (extratos de plantas como a serenoa repens).

Outros medicamentos podem ser associados para reduzir algumas das queixas urinárias, como o aumento da frequência urinária, a vontade súbita de urinar ou as micções durante a noite. Em alguns casos, o procedimento cirúrgico pode ser necessário.

 

  1. Câncer de próstata

    Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Porém, é preciso cautela e avaliar os fatores de risco que podem levar a doença a aparecer antes dessa idade, como histórico de câncer na família, sobrepeso ou obesidade, tabagismo e alcoolismo.

    Importante salientar que, em sua fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são: dificuldade de urinar; demora em começar e terminar de urinar; sangue na urina; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

    Como é feito o diagnóstico do câncer de próstata?

 

Exames de sangue que medem a quantidade de uma proteína produzida pela próstata – Antígeno Prostático Específico (PSA) e o exame de toque retal são os mais comuns para diagnosticar a doença. Para confirmá-la de fato, entretanto, muitos urologistas podem solicitar uma biópsia.

Qual é o tratamento para o câncer de próstata?

Dependendo do estágio da doença e outros fatores, as principais opções de tratamento para homens com câncer de próstata podem incluir conduta expectante, cirurgia, radioterapia, hormonioterapia, imunoterapia, quimioterapia. A decisão do melhor caminho a percorrer é sempre feita em conjunto, entre paciente e médico.

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